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sexta-feira, 25 de abril de 2008

NÃO DIZIA PALAVRAS.

"
Não dizia palavras,
aproximava apenas um corpo interrogante,
porque ignorava que o desejo é uma pergunta cuja resposta não existe,
uma folha cujo ramo não existe,
um mundo cujo céu não existe.

Entre os ossos a angústia abre caminho,
ergue-se pelas veias
até abrir na pele jorros de sonho
feitos carne interrogando as nuvens.

Um contacto ao passar,
um fugidio olhar no meio das sombras,
bastam para que o corpo se abra em dois,
ávido de receber em si mesmo outro corpo que sonhe;
metade e metade, sonho e sonho, carne e carne,
iguais em figura, iguais em amor, iguais em desejo.

Embora seja só uma esperança,
porque o desejo é uma pergunta cuja resposta ninguém sabe.
"

terça-feira, 22 de abril de 2008

No meio do caminho...

Fui passar o final de semana e o feriado numa praia paradisíaca. Boa parte do tempo passei num bar na praia.

Noiva e noivo jovens e inspiradíssimos decidiram fazer uma cerimonia de casamento no tal bar, em frente ao mar, com início ao nascer da lua cheia. Imaginou? Eu imaginei. De cinema! Um bom começo.

Estávamos tomando umas, conversando, e observando os preparativos: cava buraco, enfia bambu, estica lycra, traz flores, monta som, carrega arranjos florais... aquela azáfama (de vez em quando me permito)!

Eu entendo de cerimonias de casamento tanto quanto entendo de atracação de navios. Mas notei que os preparativos avançavam e ninguém removia uma pedra que encontrava-se naquele que parecia ser o triunfal caminho da noiva.

Ao longo do tempo a gente vai ouvindo falar a respeito de rituais em cerimonias. Tem coisas que são meio esquisitas pra quem não tem a cultura, ou não está no espirito. Dei uma pesquisadinha.

Descobri que a familiar chuva de arroz foi importada da China, onde o grão era símbolo de fartura. Jogar arroz sobre os noivos inicialmente era uma demonstração de fartura, e depois passou a significar o desejo de trazer fartura para a vida do novo casal.

Nas cerimonias ortodoxas os gregos quebram pratos pra desejar alegria e prosperidade aos noivos. Também costumam jogar amêndoas e dinheiro sobre o casal, para desejar-lhe doçura e riqueza.

A religião judaica ensina que mesmo em momentos felizes é necessário lembrar os momentos de tristeza, então na cerimonia de casamento o noivo quebra uma taça, lembrando a destruição do Templo em Jerusalém.

Começamos a conjecturar se a tal pedra faria parte de algum ritual daquela cerimonia. Talvez a noiva devesse simular tropeçar e quase-cair, simbolizando que num casamento as pessoas estão sujeitas a tropeços e correções de rumo, ou poderia significar que um casal deve aproveitar os tropeços para improvisar e seguir adiante. Talvez o noivo também participasse, evitando que a noiva caísse, esta ultima performance sendo mais teatral, porém de simbologia menos interessante.

Nas nossas elocubrações lembramos de Drummond:
"
No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.
"

Esquecemos da pedra, transitamos por outros assuntos. Quando fomos embora, a pedra continuava no mesmo lugar.


Eu soube de fonte segura que a pedra foi retirada antes do início da cerimonia.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Exasperado porém sensato.

Durante o julgamento, o juiz pergunta:

"- O senhor chegou em casa e encontrou a sua mulher na cama com um homem, correto?"

“- Correto, meritíssimo”, responde o réu, de cabeça baixa.

Continua o juiz:

“- Então o senhor pegou sua arma e deu um tiro na sua mulher, correto? “

“- Correto, meritíssimo”, repete o réu.

“- Por que o senhor atirou na sua mulher, e não no homem?”

O réu:

“- Senhor juiz... me pareceu mais sensato matar uma única mulher do que matar muitos homens diferentes.“


Foi absolvido.

terça-feira, 8 de abril de 2008

Fica chato...

"
(...)

Na região montanhosa da Nova Guiné em que trabalho, por exemplo, a poligamia é tolerada e os chefes podem ter até meia dúzia de esposas, mas mesmo esses chefes polígamos enganam as seis mulheres e cometem adultério. Quando lhes perguntam o motivo, dão essencialmente a mesma resposta que os homens legalmente monogâmicos da sociedade ocidental: que o sexo sempre com a mesma mulher/as mesmas seis mulheres fica chato.

(...)
"

-
http://veja.abril.com.br/especiais/perspectivas/p_072a.html

Gorgonzola?


Ontem Célia tirou do freezer uma ricota que estava guardada há algum tempo. Note a data de fabricação.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Macacos.

Uma vez, num lugarejo, apareceu um homem anunciando aos aldeões que compraria macacos por € 10 cada. Os aldeões sabendo que havia muitos macacos na região, foram à floresta e iniciaram a caça aos macacos. O homem comprou centenas de macacos a € 10 e então os aldeões diminuíram seu esforço na caça.

Aí, o homem anunciou que agora pagaria € 20 por cada macaco e os aldeões renovaram seus esforços e foram novamente à caça. Logo, os macacos foram escasseando cada vez mais e os aldeões foram desistindo da busca.

A oferta aumentou para € 25 e a quantidade de macacos ficou tão pequena que já não havia mais interesse na caça.

O homem então anunciou que agora compraria cada macaco por € 50!

Entretanto, como iria à cidade grande, deixaria o seu assistente cuidando da compra dos macacos. Na ausência do homem, o assistente disse aos aldeões: "Vejam todos estes macacos que meu chefe comprou. Eu posso vendê-los a vocês por € 35 e, quando ele voltar da cidade, vocês podem vendê-los a ele por € 50 cada."

Os aldeões, espertos, pegaram nas suas economias e compraram todos os macacos do assistente.

Eles nunca mais viram o homem ou o seu assistente, somente macacos por todos os lados.

Agora você já sabe como funcionam os mercados financeiros.