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sábado, 31 de maio de 2008

Guardanapo.

Noite chuvosa, espelhos de asfalto refletem as brilhantes laranjas penduradas. O povinho feito de açuçar fica em casa, aterrorizado pela perspectiva de morrer dissolvido. Tudo é calmo e estranho. O bar está vazio, escolho o balcão, talvez pelo toque da madeira, provavelmente pela possibilidade de amistosa companhia. De repente você surge na minha cabeça. Você á fruta da época. Sinto o seu cheiro de siriguela, vindo de um lugar que nao deve ser real. Um copo meio-vazio me observa, entediado.

***


De vez em quando vou dar uma geral nos meus papéis, encontro um guardanapo dobrado, vou jogar fora, paro pra ver o que é, é um "escrito". Sem anotações que permitam saber a data, local, ou circunstâncias. Seriam uteis. A minha memoria me sacaneia, geralmente eu nao lembro quase nada a respeito daquilo.

Superada a perplexidade, passo ao ataque: reescrevo, corto, sintetizo, modifico, preencho, expando. É um processo confuso, dialético, inconclusivo. E o escrito está sempre inconcluso...

Robert Muraine.

O teste de Robert Muraine no programa SYTYCD.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Cabine cornofônica

Cabine instalada em bar simula sons para despistar o real paradeiro dos clientes. Ela tem opções que simulam barulho de trânsito, aviões, tiros e até gemidos. Foi criada para 'salvar' clientes que não querem revelar que estão em um bar.


Tarde da noite. Preocupada, a mulher liga para saber o paradeiro do marido. Ele atende o telefone e, ao fundo, barulho de carros, buzina, avião, tiroteio e até gemidos. Na verdade, o homem está em um bar, mas corre para a cabine cornofônica, onde pode falar "tranqüilamente" e acionar os ruídos para disfarçar e tentar enganar a esposa ou namorada. A cabine, também usada pelas clientes, foi montada em um estabelecimento nos Jardins, área nobre de São Paulo, e vem atraindo curiosos.

A idéia foi do proprietário do Boteco Brasil, Leopoldo Buosanti Neto, de 40 anos. "Eu via o pessoal saindo desesperado até a rua para atender o celular porque não queria que a mulher descobrisse que ele estava em um bar", explicou. O empresário jura que a invenção tem feito sucesso até mesmo entre as mulheres. "A opção que mais usam é do (barulho) trânsito".

Para chamar a atenção, a cabine cornofônica é vermelha, lembra as de telefone usadas na Inglaterra e fica logo na entrada do bar, inaugurado em 1964. Para o consultor Leonardo de Andrade, 23, não tem como não enganar a companheira. "A mulher acredita. Se eu não avisasse minha namorada de que estou aqui, ia dizer que estava em Cumbica, indo para Manaus. Ela ia ficar maluca", brincou ele.

Para isso, Andrade apertaria o botão "aeroporto", em que uma voz simula as que anunciam vôos pelo alto-falante. "Eu nunca vi isso em lugar nenhum. É a cara do brasileiro. É zoeira", disse. Se escolhesse a opção "chute o balde", gemidos intensos de mulher poderiam ser ouvidos.

O dono do bar instalou a cabine há alguns meses e revelou que o nome foi eleito após uma votação entre os clientes. De nome sugestivo, a cabine cornofônica venceu denominações como "jeitinho brasileiro" e "Brasília". Segundo Buosanti, quando o pessoal enjoar dos barulhos, é só trocar por outros.


Pregando peças


Marcelo Velasco pregou uma peça na ex-mulher, dizendo que estava no meio de um tiroteio. Com medo de aparecer se comprometer de verdade, muitos clientes não quiseram posar para a foto. Mas o representante comercial Marcelo Velasco, de 57 anos, que disse nunca ter entrado na cabine cornofônica, resolveu pregar uma peça na ex-mulher. Ligou do celular, dizendo que estava no trânsito (ele aperta o botão e começam os ruídos) e, em seguida, se viu no meio de um tiroteio. Diante do falso barulho de tiros, a mulher, do outro lado da linha, diz: 'que horror!'. E Velasco ri, contando a verdade depois.

Apesar da brincadeira, ele não quis ligar para a namorada, que não sabia onde o companheiro estava. "Só para perturbar, eu ia apertar o botão 'chute o balde' e ver o que ela acharia. Ia ficar brava", previu o cliente brincalhão.

A jornalista Valéria Lima, de 30 anos, também gostou da idéia e se arriscou em dizer que as mulheres mentem melhor do que os homens. "Elas disfarçam melhor. Temos mais idéias", afirmou. Valéria usou a cabine para conseguir ouvir o que o amigo dizia ao telefone. Disse que está sem namorado, mas admitiu que, às vezes, é preciso inventar uma historinha. "De vez em quando, dou uma desculpa porque não quero que a pessoa saiba onde estou. Há mentiras que são necessárias", contou, rindo.

Situação diferente. Ao toque do celular, o analista de rede Márcio Nestorenko, 29, deixa o bar e conversa com a mulher na esquina, no meio da rua. "Não sei mentir. Acho que o barulho da cabine não convence. É abafado. Ela é boa para quem quer mentir", informou o freqüentador assíduo do Boteco Brasil. Questionado se tinha certeza de que a mulher o esperava em casa, ele riu. "Ouvi o barulho da nossa filha de 5 meses". Sorte dele.

(Carolina Iskandarian - G1)



terça-feira, 27 de maio de 2008

O Japão é massa!

De repente ficou claro que não é suficiente colocar “baianas" pra amarrar fitinhas do Senhor do Bonfim, ter prostitutas esperando no desembarque, e fincar uma placa na saída do aeroporto de Salvador dizendo “Sorria, você está na Bahia!”. Estas são iniciativas menores, insuficientes para cativar aqueles que vêm nos visitar.

Os baianos passaram a enfrentar séria concorrência no quesito conquista dos turistas. Famosos pela sua simpatia e hospitalidade, terão agora que competir com os japoneses. Estes pobres coitados têm sua reputação associada a eficiência, disciplina, prosperidade, competência, honra, tecnologia, seriedade, estas coisas sem graça, entende? Até o momento, nada que ameaçasse a hegemonia baiana. Mas agora eles estão me deixando preocupado...

Um dos passageiros que desembarcou neste fim-de-semana no aeroporto de Narita, em Tóquio, pode ter recebido um souvenir incomum da alfândega – um pacote de cannabis.

Um agente da alfândega escondeu o pacote numa mala que pertencia a um passageiro vindo de Hong Kong, como parte de um exercício de treinamento de cães farejadores, mas perdeu a pista da droga e da mala, declarou um porta-voz da alfândega.

O regulamento da alfândega especifica que seja usada uma mala de treinamento para exercícios como aquele, mas, segundo a imprensa local, o agente afirmou já ter utilizado malas de passageiros com objetivos semelhantes anteriormente. “Os cães sempre conseguiram achar os pacotes, eu me tornei excessivamente confiante que funcionaria.”

Agora a parte cômica pra brasileiros: quem encontrar o pacote deve contactar a alfândega de Tóquio tão brevemente quanto possível, disse o porta-voz.

Por estas bandas quem é pego com um baseado sofre constrangimentos, repressão e extorsão. “Os pais se pelam de medo de imaginar que o filho pode ter um baseado no bolso, enquanto a repressão adora pegar alguém de bobeira, para distribuir seu ódio formidável (que poderá ser resolvido mediante acertos financeiros ou pancadaria mesmo)”, escreveu Samarone Lima. Enquanto isso, no Japão estão distribuindo pacotes aos visitantes. É ou não é um “diferencial”? (tô de saco cheio desta palavrinha!)

Eu soube de fonte segura que em Narita, no desembarque internacional, passará a aparecer no telão, em 28 idiomas, a mensagem “Ria à toa, você está no Japão!”


segunda-feira, 26 de maio de 2008

Cadastro Nacional de Adoção.


O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) lançou em 29 de abril o Cadastro Nacional de Adoção (CNA), que vai integrar as listas de crianças que podem ser adotadas e de candidatos a adotá-las, existentes nas Varas da Infância e da Juventude de todo o país.

O sistema pretende aproximar crianças que aguardam por uma família e pessoas de todos os estados que tentam uma adoção.

Atualmente, os interessados em adotar passam por um processo de habilitação para entrar numa fila de pretendentes e aguardar uma criança com o perfil desejado. O processo, no entanto, só é válido para a localidade onde a pessoa ou o casal mora, exigindo uma nova habilitação para buscar uma criança em outra comarca. Com a criação do cadastro nacional, uma vez habilitado, o requerente estará apto a adotar em qualquer lugar do Brasil.

Além de aumentar as chances de encontrar crianças compatíveis com as procuradas pelos pretendentes, o cadastro vai permitir traçar um quadro sobre a adoção no Brasil e as estatísticas vão servir para subsidiar a implementação de políticas públicas na área pelo Poder Executivo. “Hoje, qualquer política para esse segmento é feita em cima de dados presumíveis, porque não existem informações confiáveis e reais”, disse a juíza Andréa Maciel Pachá, coordenadora do Comitê Gestor do CNA.

Segundo a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), um dos problemas da adoção no Brasil é a preferência por crianças brancas e com menos de um ano de idade, que torna o processo lento, já que a maior parte das que estão disponíveis para adoção não tem esse perfil.

O cadastro não muda esse quadro pois não irá alterar a sistemática de adoção nem as questões culturais envolvidas no processo, mas os dados podem lançar luzes sobre a questão. “O cadastro não tem como alterar a cultura das pessoas e, num passe de mágica, resolver essa situação que é grave e lamentável. Mas os dados revelados podem indicar um caminho para que organizações desenvolvam campanhas que resultem na diminuição dessas exigências, numa mudança para que o processo de adoção seja visto como um ato pleno e incondicional, como são a paternidade e a maternidade”, afirmou uma fonte da AMB.

A estimativa da AMB é de que existam hoje 80 mil crianças e adolescentes em 6 mil abrigos no Brasil, mas somente cerca de 10% deles estão aptos para adoção, já que o processo só pode ocorrer nos casos em que os pais já tiverem morrido ou sejam desconhecidos, tiverem sido destituídos do poder familiar, ou concordarem que os filhos sejam adotados. E, segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), crianças e adolescentes só podem ser colocados à adoção se todos os recursos para mantê-los no convívio com a família de origem tiverem sido esgotados.

O processo de inclusão de dados para formação do Cadastro Nacional de Adoção começou em 29 de abril, com previsão de conclusão em seis meses. Depois disso, o sistema será alimentado permanentemente pelos juizados da Criança e do Adolescente.


(Extraído de http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2008/04/28/materia.2008-04-28.7987959910/view)

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Os belorizontinos são caseiros?

A cidade de Belo Horizonte parece ter muito mais mulheres do que homens. Já ouvi exageros do tipo "... BH tem 10 / 9 / 8 / 7 / 6 / 5 mulheres pra cada homem". Os homens de outras cidades brasileiras sempre comentam. As mulheres de lá reclamam da situação...

Eu acabo de voltar de BH, gosto de entender as coisas, e não gosto de boatos. Fui ver os números de BH no site do IBGE. Os números são do CENSO 2000. Encontrei:
- Mulheres residentes - 10 anos ou mais de idade: 1.006.711 habitantes;
- Homens residentes - 10 anos ou mais de idade: 878.342 habitantes.


Se você dividir a quantidade de mulheres pela quantidade de homens, vai achar o seguinte número: 1,146. Esqueça as tecnicalidades, e isto indicará o seguinte:
- num local onde estiverem 100 homens, estarão 115 mulheres;
- num local onde
estiverem 100 pessoas, estarão 47 homens e 53 mulheres.

O que vi em BH nada tem a ver com isto. Nas ruas, eventos, bares, em todos os lugares onde estive, havia sempre muito mais mulheres do que homens. Uma ressalva: não fui ao “Mineirão”.

Continuei tentando entender. Pensei: eu peguei os números do município de Belo Horizonte, tenho de considerar a Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), os números devem ser bem diferentes. Fui pesquisar.

A RMBH é constituída por 34 municípios: Baldim, Belo Horizonte, Betim, Brumadinho, Caeté, Capim Branco, Confins, Contagem, Esmeraldas, Florestal, Ibirité, Igarapé, Itaguara, Itatiaiuçu, Jaboticatubas, Juatuba, Lagoa Santa, Mário Campos, Mateus Leme, Matozinhos, Nova Lima, Nova União, Pedro Leopoldo, Raposos, Ribeirão das Neves, Rio Acima, Rio Manso, Sabará, Santa Luzia, São Joaquim de Bicas, São José da Lapa, Sarzedo, Taquaraçu de Minas e Vespasiano.

Voltei ao site do IBGE, peguei os dados dos municípios da RMBH e somei: 1.869.711 mulheres, 1.713.050 homens; razão: 1,091:

- num local onde
estiverem 10.000 homens, estarão 10.910 mulheres;
-
num local onde estiverem 10.000 pessoas, estarão 4.781 homens e 5.219 mulheres.

A Festa da Saideira não tinha uma composição como esta! As moças andavam às pencas, como parece ser sempre o caso...

Tendo visto os números de BH, fui ver os
números do município de Salvador:
- Mulheres residentes - 10 anos ou mais de idade: 1.089.435 habitantes;
- Homens residentes - 10 anos ou mais de idade: 938.942 habitantes.


Razão: 1,160. Maior que em BH !!!!! Em Salvador:
- num local onde
estiverem 1.000 homens, estarão 1.160 mulheres;
- num local onde
estiverem 1.000 pessoas, estarão 463 homens e 537 mulheres.

Na qualidade de residente em Salvador, me parece razoável...

Por enquanto só posso pensar o seguinte: ou o pessoal do IBGE está totalmente equivocado, ou a esmagadora maioria dos homens de BH não sai de casa.

Solicito esclarecimentos.

terça-feira, 20 de maio de 2008

Belo Horizonte.

Voltei. Estava sentindo falta do meu fácil acesso à internet.

Estive em Belo Horizonte. 1a vez. O pretexto foi a SAIDEIRA do COMIDA DI BUTECO. Em se tratando da edição 2008, foi um caso típico de uma ótima idéia acabar prejudicada por uma péssima logística. Comi uns tira-gostos ótimos, gostei de ouvir a Velha Guarda da Portela, o Trio Mocotó, a Brascuba, o Samba do Trabalhador, e um dos DJs, mas...

Durante a nossa estadia em BH, nada de Pampulha, Macacos, Mineirão, igrejas, Mineirinho, zoológico, museus, feiras, Praça do Papa, ou parques. Passamos pela Praça da Liberdade de carro, almoçamos no Mercado Central, mas não foi turismo. Andamos a pé pelo centro da cidade, sem destino. Contou como turismo.

O que valeu mesmo foi conhecer a galera de Heider. Nota 10 !!!

Acredita que eu só me lembrei de perguntar se tinha algum local de vôo livre ontem à noite, quase na hora de ir pro aeroporto?!?

Vou ter de ir a BH novamente...

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Cosmética.


Fiz umas alterações cosméticas por aqui. O que você achou das mudanças?


segunda-feira, 12 de maio de 2008

Cara.


dentro de mim
ou

dentro de você
terei a maior emoção
e paz.

sou
louco por mim
louco por você
louco por necessidade.

você
me olha e não entende
me olha como se eu não estivesse aqui
ou fosse o horizonte

você me toca, brinca comigo...

preciso te falar.
há tanto a dizer, e tanta gente...

não sei onde quero chegar
- talvez à beira de um poema.




Observe esta expressão.

Um menino afegão à beira da estrada. Soldados canadenses patrulham uma pequena cidade no distrito de Arghandab, em 11/05/2008 (Reuters).

domingo, 11 de maio de 2008

sábado, 10 de maio de 2008

Pérolas do orkut.

Hoje entrei no site pérolasdoorkut pela primeira vez. Tem coisas muito engraçadas. Gostei muito da troca de nome de comunidades:

E tem muito mais...


sexta-feira, 9 de maio de 2008

Cesarianas desnecessárias.

Hoje quem me estimulou foi a ANS, com as cesarianas...

Há por aí umas versões folclóricas que ligam cesarianas a césares romanos, mas a palavra tem a ver com o verbo latino caedere - cortar.

No Brasil a taxa de cesarianas em partos feitos com recurso a planos de saúde é em torno de 80%. Provavelmente você não vê problema algum nisto, afinal você nasceu de cesariana, assim como seus irmãos, seus primos, sua esposa, seus filhos, etc. Acontece que a Organização Mundial da Saúde (OMS) vê problemas, tanto que considera recomendável a taxa de 15 %.

Esta tal de OMS é uma piada! Ela também recomenda outras bobagens, tais como:

- a quantidade mínima de 6 (seis) consultas pré-natais para garantir uma gestação sem riscos ao bebê ou à mãe.

- o aleitamento materno exclusivo durante os seis primeiros meses de vida, como forma natural de propiciar a plenitude do vínculo afetivo original que, na espécie humana, se faz, de maneira insubstituível, nesse período.

- que a ingestão de açúcares não ultrapasse 10% da energia total da dieta.

- que os países dêem máxima prioridade à prevenção da obesidade em crianças e adolescentes, sugerindo as seguintes atividades: promoção da atividade física; restrição do consumo de alimentos caloricamente densos e pobres em micronutrientes (ex: salgadinhos de pacote e refrigerantes); limitação da exposição das crianças às pesadas práticas de marketing desses produtos; provisão de informações para promover escolhas saudáveis para o consumo alimentar (educação nutricional); resgate de dietas tradicionais saudáveis (alimentação é cultura).

Viu que absurdos? Ta na cara que esta tal de OMS não é mulher, não é mãe, não é obstetra, não é anestesista, não está no ramo de planos privados de assistência à saúde, e não é diretor de hospital.

Quem é que tem tempo ou dinheiro pra fazer 6 (seis) consultas antes do parto?

Quem é que quer andar com criança pendurada no peito durante meses, e depois ficar com os peitos caídos? Você quer lá saber de plenitude do vínculo afetivo, né, amiga? Depois manda a criança pra um psicólogo, ou mais tarde ele ou ela que pague a própria terapia...

Quem é que consegue impedir esses pestinhas de comer doce? Quem aguenta aquela gritaria e choradeira no ouvido, pedindo, insistindo, fazendo escândalo quando a gente não dá?

Quem é que prefere que o menino chegue suado, fedendo, agitado, em vez de aproveitar que o anjinho tá quietinho, assistindo o filminho dele pela 38ª vez, ou brincando com o videogame?

Quem é que pode proibir uma criança de ver televisão? Quem resiste ao apelo daqueles bonequinhos dos happy meals? Quem pode com o Mc Donald's ?!?

Quem tem paciência pra fazer criança comer brócolis? Quem tem tempo pra fazer suco?

Quem é que vai deixar de receber os honorários de uma cesariana, pra receber os honorários de um parto normal?

Quem é que vai deixar de cobrar uma conta de uma cesariana, pra cobrar por um parto normal?

Em suma: quem é que vai ter responsabilidade, ética, honestidade?

De volta às cesarianas desnecessárias...


"
Movimento ANS em favor do parto normal e da redução das cesarianas desnecessárias no setor suplementar.

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) é uma autarquia especial vinculada ao Ministério da Saúde, que tem como função regular as atividades das operadoras de planos privados de assistência à saúde e como missão defender o interesse público. Por este motivo vem prestar informações sobre as elevadas taxas de cesarianas desnecessárias no setor suplementar e lançar um movimento pelo parto normal.

Dados fornecidos à ANS pelas empresas que comercializam planos de assistência à saúde demonstram que a proporção de cesarianas no setor é alarmante, situando-se em torno de 80%. Este percentual é totalmente discrepante em comparação ao recomendado pela Organização Mundial da Saúde (15%) e aos resultados encontrados em outros países, tais como Holanda (14%), EUA (26%), México (34%) e Chile (40%). Além disso, a proporção de cesarianas do setor suplementar influencia negativamente os dados nacionais: no sistema público de saúde brasileiro, esta proporção é de 26%, bem próxima aos valores encontrados nos outros países, enquanto o resultado nacional, que considera os partos realizados nos setores públicos e privados, é de 43%.

Ressalta-se que em nenhum país foi encontrada uma proporção de cesáreas tão elevada quanto a existente hoje nos planos de saúde no Brasil, o que confere a este setor o desagradável título de campeão mundial de cesarianas. Trata-se de um título indesejável, pois, por ser uma cirurgia indicada para os casos que configurem risco materno e/ou fetal, a cesariana, quando eletiva, ou seja, realizada sem que exista uma indicação médica precisa, aumenta os riscos de complicações e de morte para a mulher e para o recém-nascido. Não raro, as cesarianas são agendadas antes de a mulher entrar em trabalho de parto, aumentando a chance de o bebê ser retirado do útero ainda prematuro, já que é impreciso o cálculo da idade gestacional realizado antes do parto por meio da ultra-sonografia ou considerando-se a data da última menstruação. A definição exata se o bebê é ou não prematuro somente ocorrerá após o nascimento.

A retirada cirúrgica de bebês do útero antes que tenham atingindo a completa maturidade fetal é grave, pois estudos demonstram que fetos nascidos entre 36 e 38 semanas têm 120 vezes mais chances de desenvolver problemas respiratórios agudos e, em conseqüência, necessitar de internação em UTI neonatal do que aqueles nascidos com 39 semanas ou mais. Esta situação, além de aumentar os custos hospitalares e o risco do desenvolvimento de outros problemas de saúde no bebê, ocasionados pela internação, gera uma separação abrupta e precoce entre mãe e filho, num momento primordial para o estabelecimento de vínculo, para uma melhor adaptação do recém-nato à vida extra-uterina e para o início do aleitamento materno.

Além disso, as chances de a mulher sofrer uma hemorragia ou infecção no pós-parto também são maiores em caso de cesárea, existindo ainda um risco aumentado de ocorrerem problemas em futuras gestações, como a ruptura do útero e o mau posicionamento da placenta.

Tais riscos não são percebidos em nosso meio. Isso porque predomina a visão de que o desfecho da gestação será melhor e mais seguro quando abordado na perspectiva da ultra-especialização e do elevado uso de recursos tecnológicos. Ademais, a conveniência do agendamento e do tempo gasto na cesariana, bem como a insuficiente participação feminina nas decisões clínicas relacionadas ao tipo de parto, gerada pela assimetria de informação entre médico e paciente, estão entre as causas apontadas por especialistas para a “superindicação” de cesáreas.

Outrossim, como muitos mitos sobre contra-indicação de parto normal fazem parte do imaginário coletivo e são utilizados para justificar cesarianas desnecessárias, é importante esclarecer que situações como cesariana anterior, gestação gemelar, fetos grandes, apresentação pélvica (quando o bebê está “sentado” no útero), podem ou não determinar a necessidade de uma cesariana. E ainda, que existem situações como o cordão umbilical envolto no pescoço, baixa estatura da mãe, idade gestacional de 40 semanas, entre outras, que isoladamente não justificam a realização de uma cesárea.

Por último, é importante destacar, que quando a equipe de saúde possui uma atitude acolhedora, quando há estímulo para a participação de acompanhante durante todo o trabalho de parto e no parto, quando a mulher é encorajada a ter uma postura ativa, movimentando-se durante o trabalho de parto, adotando posições nas quais sinta-se mais confortável e tendo acesso a métodos para o alívio da dor, a vivência do parto pode configurar-se como uma enriquecedora experiência de vida.

A ANS, a partir da constatação da proporção descabida de cesarianas desnecessárias no setor suplementar, tem proposto ações com o intuito de reverter esse quadro e nesse sentido lança um movimento pelo parto normal, em que um dos objetivos é capitanear as discussões sobre estratégias para redução das cesarianas desnecessárias e o incentivo ao parto normal, envolvendo todos os segmentos implicados com este tema. Contudo, esta é uma discussão que não deve ficar restrita ao âmbito da agência reguladora, deve mobilizar em especial as mulheres, as quais devem ousar reivindicar o direito de dar à luz por meio de parto normal, com autonomia e segurança, vivenciando esse momento especial de forma saudável e prazerosa.

Em caso de dúvidas, sugestões e comentários, entre em contato com a ANS pelo telefone 0800-701-9656 ou pelo endereço eletrônico ggtap.dipro@ans.gov.br .
"

quarta-feira, 7 de maio de 2008

A vida que a gente tem.

"
Tenho tanto sentimento
Que é freqüente persuadir-me
De que sou sentimental,
Mas reconheço, ao medir-me,
Que tudo isso é pensamento,
Que não senti afinal.

Temos, todos que vivemos,
Uma vida que é vivida
E outra vida que é pensada,
E a única vida que temos
É essa que é dividida
Entre a verdadeira e a errada.

Qual porém é a verdadeira
E qual errada, ninguém
Nos saberá explicar;
E vivemos de maneira
Que a vida que a gente tem
É a que tem que pensar.
"

terça-feira, 6 de maio de 2008

Summertime - Leona Lewis.

Estava eu zapeando quando passei pelo American Idol. Parei. Uma moça ia cantar, não se tratava de uma das concorrentes, a forma como o apresentador falou a respeito dela chamou a minha atenção, decidi ouvir.

A moça apareceu, não consegui tirar os olhos dela. A música começou, indefinida, o timbre da voz me segurou. A música embalou, comecei a achar chatinha, já ia fugir, mas aí a moça disse "Keep bleeding", e eu percebi que tinha que ouvir mais. Ouvi tudo, fiquei convencido que a moça canta muito.

Depois, na net, comecei a procurar pela tal Leona Lewis. Descobri que ela lançou em abril um album intitulado "Spirit", e que este entrou direto pro primeiro lugar da tabela da Billboard, nos Estados Unidos, coisa que não acontecia com uma artista britânica desde 1987.

Ouvi umas músicas do album, achei chatinhas, certamente irão tocar muito, o álbum está vendendo horrores, mas não tinha nada que eu quisesse ouvir e, mais importante, que confirmasse a minha impressão anterior.

Àquela altura do campeonato eu já sabia que ela havia ganho o "X FACTOR", portanto comecei a procurar os videos da moça no tal programa. Chatos!

Foi então que deparei com a performance da moça na terceira rodada do programa. A música começa aos 2'15". Veja. Ouça!


Covardia! Consta que a partir dalí ela se tornou favorita, e não era pra menos...

Já vi o video umas 30 vezes. Fazia muito tempo que eu não ficava tão impressionado com uma cantante.

A Drag a Gozar

domingo, 4 de maio de 2008

CORADOURO

"
A blusa azul
presa ao arame do varal
a blusa
a nuvem
tufos de vento safira.
No contracéu
lufam seios
de ar fresco.
"

sábado, 3 de maio de 2008

Shaken, not stirred.



Confessemos: somos bêbados amadores. A nossa bebida habitual é cerveja muito gelada. Bebemos aquilo em grande quantidade, até ficarmos chatos, valentes, bonitos e invisíveis, ou então empapuçados, simplesmente. É assim que esquecemos a má qualidade daquela bebida, a sua falta de sabor e aroma, seu jeito aguado. É como conseguimos não pensar nas quantidades de arroz ou milho que entram no fabrico. Alguns de nós servimos a cerveja sem espuma, desconsiderando os ensinamentos da disciplina “CVJ 101”. Apesar de tudo, funciona bem quando o programa é falar besteira e dar risada neste clima quente e úmido.

Ocasionalmente bebemos vinho tinto de R$ 19,90 comprado no BOMPREÇO. A temperatura do vinho facilmente atingirá os 27 graus centígrados. Alguns cheiram as rolhas. É o que julgamos ser “sofisticação”.

Ao contrário de nós, tem gente por aí que realmente entende de bebida e leva bebida a sério, às vezes até demais. Veja por exemplo a importantíssima questão de misturar ou “bater” os martinis. James Bond preferia o seu vodkatini batido, em vez de misturado. Aparentemente a diferença é importante.

Para comemorar o centenário do nascimento de Ian Fleming, o Professor Charles Spence e o Dr Andrea Sella revelarão os segredos de vários drinques, incluindo o favorito de 007.

O Prof Spence é um psicólogo que trabalhou com Heston Blumenthal com o objetivo de descobrir como interpretamos os sabores. O Dr Sella é um químico da University College London.

Em 1999, um grupo de estudantes na University of Western Ontario decidiu testar a preferência de Bond numa serie de experimentos com martinis e vodkatinis. Eles estudaram a capacidade dos martinis de desativar o peróxido de hidrogênio, uma potente fonte de radicais livres, estes ligados a envelhecimento e doenças. Os martinis foram muito mais eficazes do que os seus ingredientes básicos – gin ou vermute – em dasativar o peróxido de hidrogênio, sendo quase que duplamente eficazes quando batidos. O martini contém um anti-oxidante que lida com o peróxido de hidrogênio, e que funciona melhor depois de batido. As azeitonas também podem ter algum efeito, mas foram deixadas de fora por serem "muito difíceis de modelar". Esta frase me fez lembrar dos Prêmios Ig Nobel. Na analise dos resultados no British Medical Journal, a equipe concluiu que o excelente estado de saúde de Bond "pode dever-se, pelo menos em parte, à obediência dos barmen."

A proposito, se você conversar com um barman “das antigas” a respeito de como preparar martinis, ele vai te dizer que essa coisa de martini batido começou por causa de um filme de 007. Antes disso, os martinis eram misturados, como é a maioria dos drinques preparados com bebidas transparentes ou “espirituosas”. Batidos são os drinques feitos com bebidas cremosas ou sucos de frutas.

O Dr Sella acredita que martinis batidos são mais saudáveis e têm melhor sabor. Isto seria devido ao que os especialistas chamam de "mouthfeel" – o martini batido possui mais pedaços microscópicos de gelo, o que torna sua textura mais agradável.

Drinques cremosos ou açucarados “pegam” mais devagar, daí a idéia que um copo de leite “forra o estômago”. A ausência de bolhas num martini retarda a captação de álcool, enquanto a efervescência do champanhe acelera a absorção do etanol na corrente sanguínea.

O efeito dos coquetéis não é apenas físico, é também psicológico. O Prof Spence explica que nossa percepção dos coquetéis é afetada pelo formato do copo – as pessoas gostam menos dos drinques se estes são servidos em recipientes que elas consideram inadequado. “Pesquisadores demonstraram que as pessoas bebem 88 % mais quando consomem drinques em copos baixos e largos, em comparação com copos altos e estreitos que contenham o mesmo volume.”

A aparência de um drinque pode influir no quanto gostamos dele. Nosso cérebro faz uma associação entre cores e sabores, de forma que a percepção do sabor é alterada pela percepção em relação às cores.

Estudos sugerem que a música influi na velocidade que consumimos os drinques: música ritmada faz com que bebamos mais rápido.

Também tendemos a pagar mais por um drinque que tenha um nome mais elaborado, ou uma melhor reputação.

Informações de quem realmente entende de bebida.

Enquanto isso, o enólogo Aurelio Montes reproduz cantos gregorianos em suas adegas para melhorar a qualidade da bebida durante sua criação. "Desde que colocamos música, o vinho envelhece com uma grata harmonia. No início, o vinho é um pouco agressivo, como um jovem, mas com a música os taninos se acalmam.” , afirmou o enólogo chileno.

“- Garçom, por favor traga uma uma grade vazia e deixe aqui junto da mesa!”

Homenagem maravilhosa.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Sensibilidade e bom senso.

Eu não li o livro, não vi o filme, mas o título sempre me intrigou. Sensibilidade e bom senso juntos. Parece-me um equilíbrio difícil.
O humor é pra mim um assunto sério, e certamente é um terreno onde a questão se coloca. É impossível fazer humor sem ferir susce(p)tibilidades. Há anos não era raro se chatearem comigo por causa de brincadeiras. Atualmente é menos freqüente, mas às vezes acontece. Acho que melhorei em sensibilidade ou bom senso.

Em 2005 ocorreu uma controvérsia de proporções internacionais a seguir à publicação, pelo jornal dinamarquês Jyllands-Posten, de 12 cartoons, a maioria dos quais retratava o profeta Maomé. A controvérsia já rendeu tudo que podia, inclusive muita exploração política e a tentativa de assassinato de um dos cartunistas!

O texto que segue foi publicado na forma de um post, no dia 9 de fevereiro de 2006, por lique .

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Sensibilidade e bom senso

O título pode enganar. Jane Austen não é para aqui chamada. No entanto, cada vez mais me parece óbvio que o equilíbrio de comportamento deve juntar em doses semelhantes a sensibilidade e o bom senso. Afinal, a sensibilidade é fundamental para “apanharmos” os matizes que fazem de nós e dos outros, pessoas únicas. E o bom senso é a característica que impede exageros a que a sensibilidade nos leva.

Com maioria de razão, estes dois atributos devem ser usados em tudo o que tenha impacto na opinião pública. A dita “liberdade de expressão”, se não for balizada por estes dois factores, corre o risco de ser de mau gosto, ofensiva e de provocar reacções incontroladas. Claro que já adivinharam onde quero chegar. Desde que me conheço que defendo esta liberdade fundamental mas, sinceramente, não vejo de que forma é que ela foi bem servida com a publicação dos “benditos” cartoons na Dinamarca e, sobretudo, com a exaustiva repetição dessa publicação por toda a Europa.

E, como tenho a “mania da conspiração” (será mesmo?), pergunto-me a quem serve esta algazarra toda, quase seis meses depois da publicação original. Neste momento, a Europa arma-se aos cucos e aparece, perante o mundo árabe, como a “má da fita e, extraordinariamente, os EUA adoptam uma posição “equilibrada”. E a famosa “Al Qaeda”, que ninguém sabe bem o que é, tem ainda mais razões para continuar os atentados. Dá que pensar…
Para que não me interpretem mal, é claro que condeno as reacções de violência do mundo árabe. Mas, sinceramente e dados os antecedentes em questões muito menos importantes, esperava-se que fosse diferente?

Sejamos absolutamente claros: quem os publicou e quem reproduziu não teve sensibilidade e, muito menos, bom senso. Exerceu a sua “liberdade de expressão”, claro. Sem ter em conta qualquer tipo de consequências. Podia fazê-lo? Sim. Foi responsável fazê-lo? Não.
E agora uma data de “bem intencionados” e “intelectuais” grita que temos que apoiar a Dinamarca. Mas apoiar a Dinamarca em quê? Há uma guerra a decorrer? Vamos esperar que não e, sobretudo, que exista sensibilidade e bom senso para sarar mais este ferida entre dois mundos que têm que se entender.
P.S.: Podia ter ilustrado este post com um dos cartoons. Recebi-os por mail inúmeras vezes. Mas, pura e simplesmente, recuso-me a fazê-lo.
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Eu não subscrevo a opinião a respeito da publicação e repetição dos cartoons. Mas concordo plenamente que é necessário ter sensibilidade e bom senso em tudo o que tenha impacto na opinião pública, ou opinião alheia.

Vou tentar:






Os 12 cartoons podem ser vistos ali .