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quarta-feira, 29 de outubro de 2008

A prova de captura.

A prova era a esperada final da modalidade "CAPTURA", no campeonato mundial de instituições policiais. Os finalistas eram o FBI, a Scotland Yard e a Polícia Federal do Brasil. Um coelho cinzento seria solto numa floresta, uma área de 100.000 metros quadrados. Cada uma das equipes tentaria encontrar o coelho e trazê-lo de volta. Venceria a equipe que conseguisse capturar o coelho em menos tempo.

A equipe do FBI foi a primeira a tentar. Utilizaram fotos de satélite,  varredura com infra-vermelhos, 11 helicópteros e 103 agentes. Trouxeram o coelho em 16 horas e 14 minutos.

A Scotland Yard foi a segunda. Utilizaram analistas de comportamento cunicular, zoólogos, agentes com óculos de visão noturna, e cães farejadores para determinar a localização aproximada do coelho. Finalmente montaram uma armadilha, onde uma coelha usando um passaporte irlandês falso atraiu o coelho com uma cenoura "batizada" com feromônios. Capturaram o coelho em 14 horas e 23 minutos. Parecia ser um tempo imbatível.

A equipe da nossa valorosa Polícia Federal partiu em direção à floresta em alta velocidade, numa Veraneio 1974 com os paralamas cheios de barro, os 4 pneus carecas, e um pedaço de fio prendendo a tampa traseira. Dos 5 agentes da equipe, 3 estavam com os troncos pra fora das janelas do veículo, e batiam nas portas com revólveres calibre "38", enquanto gritavam bordões em que destacavam-se os palavrões. Voltaram 20 minutos depois, o que fez com que todos ficassem atônitos. Abriram a tampa do camburão, e lá dentro estava um porco-espinho cheio de hematomas, que gritava, apavorado:
- EU CONFESSO! EU SOU O COELHO QUE VOCÊS ESTAVAM PROCURANDO! NÃO ME MATEM!!! EU JURO QUE EU SOU UM COELHO!!!

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Citação do dia

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Essa crise na bolsa é pior que divórcio: já perdi metade do meu patrimônio, e minha mulher ainda tá aqui em casa.
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sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Provérbio Irlandês

A realidade é um estado alterado de consciência provocado pela ausência de álcool.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Numa estrada da vida.

Reflexão sobre a conjuntura.

O fim de “uma era específica”.

Crise expõe perigo de fortalecimento da direita, diz Hobsbawm.

Hobsbawm comparou atual momento à queda da União Soviética.


O britânico Eric Hobsbawm, considerado um dos historiadores mais influentes do século 20, disse à BBC nesta terça-feira que o maior perigo da atual crise financeira mundial é o fortalecimento da direita.

“A esquerda está virtualmente ausente. Assim, me parece que o principal beneficiário deste descontentamento atual, com uma possível exceção – pelo menos eu espero – nos Estados Unidos, será a direita”, disse Hobsbawn, em entrevista à Rádio 4.

O historiador marxista comparou o atual momento “ao dramático colapso da União Soviética” e ao fim de “uma era específica”.

“Agora sabemos que estamos no fim de uma era e não se sabe o que virá pela frente.”

Hobsbawn diz não acreditar que a linguagem marxista, que lhe serviu de norte ao longo de toda sua carreira, será proeminente politicamente, mas intelectualmente, “a análise marxista sobre a forma com a qual o capitalismo opera será verdadeiramente importante”.

Abaixo, os principais trechos da entrevista.

Muitos consideram o que está acontecendo como uma volta ao estadismo e até do socialismo. O senhor concorda?

Bem, certamente estamos vivendo a crise mais grave do capitalismo desde a década de 30. Lembro-me de um título recente do Financial Times que dizia: O capitalismo em convulsão. Há muito tempo não lia um título como esse no FT.

Agora, acredito que esta crise está sendo mais dramática por causa dos mais de 30 anos de uma certa ideologia “teológica” do livre mercado, que todos os governos do Ocidente seguiram.

Porque como Marx, Engels e Schumpter previram, a globalização - que está implícita no capitalismo -, não apenas destrói uma herança de tradição como também é incrivelmente instável: opera por meio de uma série de crises.

E o que está acontecendo agora está sendo reconhecido como o fim de uma era específica. Sem dúvida, a partir de agora falaremos mais de (John Maynard) Keynes e menos de (Milton) Friedman e (Friedrich) Hayek.

Todos concordam que, de uma forma ou de outra, o Estado terá um papel maior na economia daqui por diante.

Qualquer que seja o papel que os governos venham a assumir, será um empreendimento público de ação e iniciativa, que será algo que orientará, organizará e dirigirá também a economia privada. Será muito mais uma economia mista do que tem sido até agora.

Acredito que esta crise está sendo mais dramática por causa dos mais de 30 anos de uma certa ideologia 'teológica' do livre mercado, que todos os governos do Ocidente seguiram.


E em relação ao Estado como redistribuidor? O que tem sido feito até agora parece mais pragmático do que ideológico...

Acho que continuará sendo pragmático. O que tem acontecido nos últimos 30 anos é que o capitalismo global vem operando de uma forma incrivelmente instável, exceto, por várias razões, nos países ocidentais desenvolvidos.

No Brasil, nos anos 80, no México, nos 90, no sudeste asiático e Rússia nos anos 90, e na Argentina em 2000: todos sabiam que estas coisas poderia levar a catástrofes a curto prazo. E para nós isto implicava quedas tremendas do FTSE (índice da bolsa de Londres), mas seis meses depois, recomeçávamos de novo.

Agora, temos os mesmos incentivos que tínhamos nos anos 30: se não fizermos nada, o perigo político e social será profundo e ainda mais depois de tudo, da forma com a qual o capitalismo se reformou durante e depois da guerra sob o princípio de “nunca mais” aos riscos dos anos 30.

O senhor viu esses riscos se tornarem realidade: estava na Alemanha quando Adolf Hitler chegou ao poder. O senhor acredita que algo parecido poderia acontecer como conseqüência dos problemas atuais?

Nos anos 30, o claro efeito político da Grande Depressão a curto prazo foi o fortalecimento da direita. A esquerda não foi forte até a chegada da guerra. Então, eu acredito que este é o principal perigo.

Depois da guerra, a esquerda esteve presente em várias partes da Europa, inclusive na Inglaterra, com o Partido Trabalhista, mas hoje isso já não acontece.

A esquerda está virtualmente ausente, Assim, me parece que o principal beneficiário deste descontentamento atual, com uma possível exceção – pelo menos eu espero – nos Estados Unidos, será a direita.

O que vemos agora não é o equivalente à queda da União Soviética para a direita? Os desafios intelectuais que isto implica para o capitalismo e o livre mercado são tão profundos como os desafios enfrentados pela direita em 1989?

Sim, concordo. Acredito que esta crise é equivalente ao dramático colapso da União Soviética. Agora sabemos que acabou uma era. Não sabemos o que virá pela frente.

 A globalização, que está implícita no capitalismo, não apenas destrói uma herança de tradição como também é incrivelmente instável: opera por meio de uma série de crises

Temos um problema intelectual: estávamos acostumados a pensar até então que havia apenas duas alternativas: ou o livre mercado ou o socialismo. Mas, na realidade, há muito poucos exemplos de um caso completo de laboratório de cada uma dessas ideologias.

Então eu acho que teremos de deixar de pensar em uma ou em outra e devemos pensar na natureza da mescla. E principalmente até que ponto esta mistura será motivada pela consciência do modelo socialista e das conseqüências sociais do que está acontecendo.

O senhor acredita que regressaremos à linguagem do marxismo?

Desde a crise dos anos 90, são os homens de negócio que começaram a falar assim: “Bem, Marx predisse esta globalização e podemos pensar que este capitalismo está fundamentado em uma série de crises”.

Não acredito que a linguagem marxista será proeminente politicamente, mas intelectualmente a natureza da análise marxista sobre a forma com a qual o capitalismo opera será verdadeiramente importante.

O senhor sente um pouco recuperado depois de anos em que a opinião intelectual ia de encontro ao que o senhor pensava?

Bem, obviamente há um pouco a sensação de schadenfreude (regozijo pela desgraça alheia).

Sempre dissemos que o capitalismo iria se chocar com suas próprias dificuldades, mas não me sinto recuperado.

O que é certo é que as pessoas descobrirão que de fato o que estava sendo feito não produziu os resultados esperados.

Durante 30 anos os ideólogos disseram que tudo ia dar certo: o livre mercado é lógico e produz crescimento máximo. Sim, diziam que produzia um pouco de desigualdade aqui e ali, mas também não importava muito porque os pobres estavam um pouco mais prósperos.

Agora sabemos que o que aconteceu é que se criaram condições de instabilidades enormes, que criaram condições nas quais a desigualdade afeta não apenas os mais pobres, como também cada vez mais uma grande parte de classe média.

Sobretudo, nos últimos 30 anos, os benefíciários deste grande crescimento têm sido nós, no Ocidente, que vivemos uma vida imensuravelmente superior a qualquer outro lugar do mundo.

E me surpreende muito que o Financial Times diga que o que se espera que aconteça agora é que este novo tipo de globalização controlada beneficie a quem realmente precisa, que se reduza a enorme diferença entre nós, que vivemos como príncipes, e a enorme maioria dos pobres.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Discutindo a relação.

Às vezes é imprescindível discutir a relação.


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quinta-feira, 16 de outubro de 2008

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Comunidade orkutiana do dia.

Encosto de Chacrete 

description:
Você sente que purpurinas e paetês tocam profundamente a sua alma??
Ao escutar uma música boa seu primeiro impulso é puxar uma coreografia??
Quando encontra um maiô dourado numa loja do Saara, seus pêlos logo se arrepiam??
No carnaval você sente que tudo isso vem à tona com maior intensidade??
Sejamos sinceras, minha amiga, gatinha, camofa, gata-garota:
Tens um encosto de Chacrete!!!
Só uma Chacrete entende outra. Junte-se a nós nessa saga iê-iê-iê na discoteca.
Vamos resgatar a Teresinha e devolve-la seu cetro de abacaxi e seu trono na cultura popular brasileira.

Da esquerda pra direita: Beth Boné, Rosely Dinamite, Baby, Elza Cobrinha, Rita, Joana, Alice, Pimentinha, Gracinha Copacabana, Fátima Boa-Viagem, Cambalhota e Elvira.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Carlistas genéricos.

Eu não gosto da falácia de que o carlismo já não tem força na Bahia.

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A Bahia dos carlistas genéricos e lulistas transgênicos

23 de Maio de 2008 às 19:34 (...)
Escrito por Jorge Almeida
21-Mai-2008

A campanha eleitoral de 2008 na Bahia está trazendo um verdadeiro show de coligações cruzadas, onde o único critério é o de supostamente somar votos, não importando programa político nem, muito menos, critérios ideológicos. Um exemplo disso será a eleição para prefeito da capital. O atual prefeito, João Henrique Carneiro, foi eleito em 2004 depois de 8 anos de mandato de Antonio Imbassahy, na época filiado ao PFL carlista. Montou uma imensa coligação, na qual estavam seu partido (na época o PDT), mais PSDB, PT, PCdoB, PSB, PMDB, PTB e muitos outros menores. O fracasso de sua administração, com a consequente queda na avaliação das pesquisas, e a derrota do carlismo nas eleições de 2006 seguida da morte do senador Antonio Carlos Magalhães em 2007, aprofundou a desagregação do carlismo e a confusão no que outrora foi conhecido como anti-carlismo no estado.

Neste quadro, o prefeito João Henrique (agora no PMDB) acabou de selar uma aliança eleitoral com Edvaldo Brito (PTB), em que este será o candidato a vice-prefeito da capital em sua chapa.

Mas quem botou o selo de ouro na aliança foi o ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) quando, no ato de lançamento da chapa, numa declaração bombástica, acusou alguns adversários, como Antonio Imbassahy (ex- PFL e agora PSDB), de “carlistas genéricos”, referindo-se aos ex-aliados do senador ACM. Já para o deputado federal ACM Neto (DEM), que também é candidato a prefeito, usou o adjetivo de “carlista verdadeiro”.

Agora, sua coligação está com 8 partidos: PMDB-PTB-PP-PSC-PDT-PRTB-PSL-PHS.

Mas quem são os principais aliados de João Henrique e Geddel?

Edvaldo Brito foi prefeito biônico de Salvador, indicado pela ditadura, quando o seu partido era a Arena. Depois, foi para o PTB, partido que, na Bahia, renasceu em 1979 nas mãos do carlismo. Neste partido, foi candidato a prefeito (derrotado) de Salvador em 1985 coligado ao PDS, que era o herdeiro genético da Arena. Garantindo sua candidatura, estavam o então ministro das Comunicações do governo Sarney, ACM (PDS), e o então governador João Durval Carneiro (PDS). Como se vê, naquela época, eram todos “carlistas verdadeiros”. Depois, Brito foi para São Paulo, sendo secretário da Justiça do prefeito Celso Pitta, um verdadeiro malufista, do PPB, a nova denominação do PDS e da Arena.

O outro partido importante da coligação em Salvador é o PP, ou seja, justamente o novíssimo herdeiro genético da Arena, do PDS e do PPB. Em São Paulo, até hoje malufista. Na Bahia, historicamente “verdadeiro carlista”.

Finalmente, o próprio PMDB, antigamente anti-carlista. Atualmente, abrigo de ex-apoiadores (sinceros e leais ou não) de ACM. Entre eles, o próprio ministro Geddel Vieira Lima (ex-carlista e atual lulista) e o prefeito João Henrique Carneiro (hoje no PMDB). João Henrique é filho do senador João Durval Carneiro (hoje no PDT), irmão do deputado federal Sérgio Carneiro (hoje no PT), cunhado do também deputado federal Sérgio Brito (PDT) e marido da deputada estadual Maria Luíza (PMDB). Como se vê, uma família supra-partidária e, assim como Geddel, todos, na própria linguagem geddeliana, “carlistas genéricos”, ou seja, ex “carlistas verdadeiros”.

Ocorre que, no momento, todos estes “carlistas genéricos” são também “lulistas transgênicos”, pois, como diz o ditado, a carne é fraca e a genética também. Todos são políticos e partidos da base dos governos de Jaques Wagner e Lula da Silva, ambos do PT. E, na Bahia, estão na base até os genéricos tucanos do PSDB – e sem nenhuma reclamação da Executiva Nacional do PT, nem de qualquer de suas tendências internas.

O presidente Lula da Silva já disse que prefere apoiar João Henrique, que está chefiado pelo trator da Transposição do São Francisco, Geddel Vieira Lima. Jaques Wagner, também disse que preferia João Henrique (PMDB) ou mesmo Antonio Imbassahy (PSDB).

Mas, depois de muita indecisão e de ter ficado três anos e quatro meses participando do governo João Henrique, o PT resolveu entregar suas quatro secretarias na prefeitura (inclusive a Secretaria de Governo e a de Saúde) e sair atirando. Atirando no prefeito e caçando aliados onde puder, inclusive no PTB, PP e PR.

Por isso, parece que todas as correntes petistas ficaram sentidas por perder o apoio do genérico Edvaldo Brito, do seu PTB e do PP. Mas eles ainda têm esperanças em se aliançar com o senador César Borges (hoje no PR, depois de ter passado pela Arena, PDS, PFL e DEM). Este, que agora apóia Jacques Wagner, também é carlista. Há dúvidas se “verdadeiro” ou “genérico”. Mas isto não é mais problema. Por um lado, porque ele já foi devidamente transmutado em lulista transgênico. Por outro, depois da mutação do próprio PT, não existem mais barreiras deste tipo.

Talvez Borges acabe apoiando o jovem ACM (DEM, filho do PFL, neto do PDS e bisneto da Arena), “carlista verdadeiro”, mas não se sabe até quando. Afinal, até o velho senador teve seu momento de transgenia lulista.
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Jorge Almeida é professor de Ciência Política da UFBA e doutor em Comunicação e Cultura Contemporâneas. Autor de 'Como vota o brasileiro' e de 'Marketing político, hegemonia e contra-hegemonia'.


(Publicado em http://blog.zequinhabarreto.org.br/2008/05/23/a-bahia-dos-carlistas-genericos-e-lulistas-transgenicos/ )

Citação do dia

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Uma árvore que cai faz mais barulho do que uma floresta que cresce.
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domingo, 5 de outubro de 2008

Como?

Dois amigos num bar, depois de alguns copos, conversam:
- Se, por exemplo, eu comesse a tua mulher, continuaríamos amigos?
- Não!
- Bem, mas ficaríamos companheiros, não?
- Não!
- Hum... ficaríamos inimigos?
- Não!
- Deixaríamos de nos falar, é assim?
- Não!
- Pô, cacete! Então ficaríamos como?
- Quites. Ficaríamos quites!

sábado, 4 de outubro de 2008

Susto.

Um cara fracote, raquítico, pega o elevador. Junto com ele entra um negão imenso. O cara fica meio assustado com o tamanho do negão e olha-o de cima a baixo...

O negão percebe e fala:
- Tenho 2 metros de altura, 180 quilos, 30 centímetros de pinto, o meu saco pesa três quilos. Felipe Costa, seu criado!

O cara desmaia.



O negão dá uns tapas na cara do coitado, acorda-o e pergunta:
- O que houve cara, por que você desmaiou?


O sujeito, ainda meio tonto:
- Desculpe, o que foi mesmo que você disse?


- Eu disse: tenho 2 metros de altura, 180 quilos, 30 centímetros de pinto, o meu saco pesa três quilos. Felipe Costa, seu criado.


- Ah! Que susto! Eu tinha entendido: "Fique de costas, seu viado"!

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Um homem que se mantém de pé.

O rapaz que cuida com tanto carinho deste espaço me disse que não gostava de dar nome às citações aqui colocadas para não comprometer a leitura com preconceitos de origem; vá lá; ele tem razão. Mas as razões sempre são muitas, nunca uma só, e me permitirei revelar a fonte, até mesmo porque quase ninguém conhece o autor. Vão pensar que é algum primo distante da minha família Carvalho (evidentemente, quem os conhece se recordará que rebeldia e iconoclastia não são seus traços característicos). Enfim, lá vai:

"Deus e eu não nos entendemos desde que completei 15 anos: simplesmente rompemos relações. (...) Sinto-me muito bem sem a idéia de Deus; ou, melhor, sinto-me muito mal, mas pelo menos não fico devendo meu infortúnio a ninguém. Sou o tipo de self-made man: não admito a ingerência de nenhum deus e nenhum demônio."

Campos de Carvalho

Maturidade.

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Quando menina esperava um dia ter um namorado... seria bom se fosse alegre e amigo...

Quando tinha 18 anos, encontrei esse garoto e namoramos; ele era meu amigo, mas não tinha paixão por mim. Então percebi que precisava de um homem apaixonado,com vontade de viver, que se emocionasse...

Na faculdade saía com um cara apaixonado, mas era emocional demais. Tudo era terrível, era o rei dos problemas, chorava o tempo todo e ameaçava suicidar-se. Descobri então que precisava de um rapaz estável.

Quando tinha 25 anos encontrei um homem bem estável,sabia o que queria da vida; mas era muito chato: queria sempre as mesmas coisas - dormir no mesmo lado da cama, feira no sábado e cinema no domingo. Era totalmente previsível e nunca nada o excitava. A vida tornou-se tão monótona que decidi que precisava de um homem mais excitante.

Aos 30, encontrei um tudo de bom, brilhante, bonito, falante e excitante, mas não consegui acompanhá-lo. Ele ia de um lado para o outro, sem se deter em lugar nenhum. Fazia coisas impetuosas, paquerava com qualquer uma e me fez sentir tão miserável quanto feliz. No começo foi divertido e eletrizante, mas sem futuro.

Decidi buscar um homem com alguma ambição para com ele construir uma vida segura. Procurei bastante, incansavelmente.

Quando cheguei aos 35, encontrei um homem inteligente, ambicioso e com os pés no chão. Apartamento próprio, casa na praia, carro importado, solteiro, sem rolos. Pensei logo em casar com ele. Mas era tão ambicioso que me trocou por uma herdeira.

Hoje, aos 50 anos, gosto de homens com pinto duro.
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Bungee jump.

Eu não sei quando foi que ouvi falar em bungee jump pela primeira vez, mas imediatamente deve ter me dado vontade de experimentar.


Em agosto de 1995, estava eu em Genève, festa da cidade no Lac Le Man, bungee jump já era um desejo antigo, decidi saltar, entrei numa longa fila. À medida que a fila andava, eu ia racionalizando: "... eu estou na Suiça, aqui é um dos lugares mais seguros do mundo pra eu fazer isto, com certeza infinitamente mais seguro do que Portugal ou Brasil, aqui os responsaveis devem ter verificado tudo dezenas de vezes, os materiais e equipamentos devem ser da melhor qualidade possível, o salto é sobre a água, ...". Angela me apoiava, sem demonstrar grande entusiasmo pela ideia. Nao sei quanto tempo levamos na fila, na minha memoria parece que foi muito. Eu ia vendo saltos bem-sucedidos, mas ia ficando com medo. De vez em quando alguem chegava até a água, saia molhado e feliz. Quando restavam 2 ou 3 pessoas na minha frente, eu desisti.


Lisboa, 2000, um sabado ou domingo à tarde, sol, céu sem nuvens, um dia lindo. Alcântara, junto ao Tejo, "feira de desportos radicais". Ricardo, Susana, Arildo e eu. Nao lembro como fomos parar lá. Nao sei se fomos a propósito, ou se estavamos passando, vimos a grua, e decidimos parar. Lembro que participamos de uma espécie de corrida "contra-relógio" de bicicleta, creio que o premio era o direito de fazer bungee jump, ou então um substancial desconto no salto. Tudo está muito vago na minha memoria. Lembro que saltamos Arildo, Susana e eu. Lembro da minha apreensão enquanto a "gaiola" subia, lembro do medo nos momentos que antecederam o salto, mas o que nunca vou esquecer é que quando comecei a cair, algo dentro da minha cabeça berrou: "- VOCÊ É LOUCO?!? O QUE VOCE TA FAZENDO?!? TA QUERENDO MORRER?!?". Este grito interno veio como uma espécie de descarga elétrica, um alarme de sobrevivência. Nao sei se acontece com todo mundo no primeiro salto, gostaria de saber. A queda foi rapida, a emoção foi enorme, quando o elastico começou a atuar e eu pensei que talvez não fosse morrer, o alívio foi grande. Quando o elastico me puxou pra cima, foi maravilhoso! Eu cheguei ao topo, foi sensacional: parado no ar, aquele visual, sabendo que teria aquela sensação gostosa novamente, mas daquela vez seria brincadeira, daria tudo certo. Bom demais! Eu podia aproveitar, fazer palhaçada, gritar por diversão, o que ocorresse. Eu tenho 5 fotos (cópias) que registram o salto. Vou digitalizá-las, e postá-las aqui. Por sinal eu não gosto muito de como estou numa delas, estou fazendo uma pose de super-heroi, coisas de quem eu era naquela epoca...


Há aproximadamente 2 semanas estava eu passando por Ondina e vi uns banners divulgando um evento de esportes radicais. "Será que vai ter bungee jump?" Anotei o nome do evento, chegando em casa fui pro Google. Encontrei alguns conteúdos a respeito, vi que vai ter. "Ôba! Vou pular!!!" Comecei a esperar pelo evento, sem maiores dúvidas...


No passado dia 28 recebi um e-mail do meu amigo Pedro, cujo conteúdo era um video - provavelmente feito com um celular - de um salto realizado de uma ponte em Araguari. O video registra o acidente que resultou na morte de uma garota.


O Indoor Games começa no próximo dia 10, e a minha coragem está em baixa.







quinta-feira, 2 de outubro de 2008