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domingo, 25 de abril de 2010

O poema da buceta

A buceta da minha amada
tem pêlos barrocos,
lúdicos, profanos.
É faminta
como o polígono-das-secas
e cheia de ritmos
como o recôncavo-baiano.

A buceta da minha amada
é cabeluda
como um tapete persa.
É um buraco-negro
bem no meio do púbis
do Universo.

A buceta da minha amada
é cabeluda,
misteriosa, sonâmbula.
É bela como uma letra grega:
é o alfa-e-ômega dos meus segredos,
é um delta ardente sob os meus dedos
e na minha língua
é lambda.

A buceta da minha amada
é um tesouro
é o Tosão de Ouro
é um tesão.
É cabeluda, e cabe, linda,
em minha mão.

A buceta da minha amada
me aperta dentro, de um tal jeito
que quase me morde;
e só não é mais cabeluda
do que as coisas que ela geme
quando a gente fode.


Braulio Tavares


* Este poema é do poeta baiano Braulio Tavares (http://www.sobresites.com/poesia/brauliotavares.htm). Achei genial, não sei se sofrerei repressão do Sr. moderador rsrsrsrsrs, mas estou colocando aqui sem o menor pudor.

3 comentários:

  1. Às vezes "moderação", repressão jamais! Isto apesar de não ser apenas um moderador. Aqui no blog desempenho a ingrata função de ditador benevolente.

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  2. Depois ela diz que eu reprimo. No link que ela colocou, o da entrevisata, consta "... o paraibano radicado no Rio de Janeiro desde 1982, Bráulio Tavares...", e ela postou "Este poema é do poeta baiano Braulio Tavares...". Tá vendo? Tá vendo? Tá vendo? rs

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  3. Mas é mais baiano que qualquer coisa ...vive na lama soteropolitana a anos kkkkk
    ouxe, não precisa levar ao pé da letra né ?

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