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sexta-feira, 17 de junho de 2011

Diário de uma mulher fiel

7 de abril de 2011
Querido Diário,


Já estou preparada para fazer este maravilhoso cruzeiro marítimo que ganhei de presente do meu marido. Vim sozinha, trouxe as minhas melhores roupas. Estou animadíssima!



8 de abril de 2011
Querido Diário,

Estivemos todo o dia navegando. Foi lindo, vi alguns golfinhos e baleias. Que viagem maravilhosa estou começando! Hoje conheci o capitão.




9 de abril de 2011
Querido Diário,

Hoje estive na piscina, malhei um pouco, e joguei mini-golfe. O capitão me convidou para jantar em sua mesa. Foi uma honra, a noite foi maravilhosa. Ele é um homem bonito e culto.




10 de abril de 2011
Querido Diário,

Fui ao cassino do navio. Tive sorte, ganhei oitenta dólares! O capitão me convidou para jantar com ele em seu camarote. A ceia foi luxuosa, com caviar e champanhe. Depois do jantar ele perguntou se eu ficaria mais um pouco, mas eu recusei o convite. Disse a ele que não queria ser infiel ao meu marido.




11 de abril de 2011
Querido Diário,

Hoje voltei à piscina para me bronzear um pouco. Depois fui ao piano bar. O capitão me viu e me convidou para tomar um aperitivo. Realmente ele é um homem encantador. Perguntou-me de novo se eu queria visitá-lo em seu camarote naquela noite. Eu lhe disse que não poderia, que era casada. Então ele falou que se eu continuasse a dizer "não", ele afundaria o navio! Fiquei aterrorizada!




12 de abril de 2011
Querido Diário,

Hoje salvei 1650 pessoas. Três vezes!

A parede prateada

Um amish e seu filho entraram num shopping, fato inédito em suas vidas. Estavam impressionados com quase tudo que viam, e fascinados por uma parede prateada que abria ao meio.

O menino perguntou:
- O que é esta parede, pai?

O pai nunca tinha visto um elevador, e respondeu:
- Filho, eu nunca vi nada parecido em toda a minha vida. Eu não sei o que é.

Enquanto os dois estavam observando a misteriosa parede, uma senhora idosa ficou em pé em frente à mesma, e apertou um botão. A parede se abriu, a anciã  passou pela abertura, e parou. A parede fechou. Os dois amish observavam com interesse, então perceberam que havia números acima da parede, e que estes mudavam. Primeiro em ordem crescente, depois em ordem decrescente.

Passados menos de cinco minutos, a parede se abriu, e uma linda mulher de aproximadamente vinte anos saiu da abertura, passando por eles.

Maravilhado e sem tirar os olhos da moça, o homem disse:
- Vá buscar sua mãe.


Aluga-se meia cama...



























Agradecimentos ao nosso correspondente na Península Ibérica.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Surto de Escherichia Coli Enterohemorrágica (EHEC)

Pepinos, porcos e doenças
Jun 7th, 2011 by Marco Aurélio Weissheimer.

Silvia Ribeiro (*)




Tratam-no como um acidente, mas na realidade é algo cada vez mais freqüente, porque é uma conseqüência sistêmica. Era de esperar, tal como o surgimento da gripe suína e da gripe das aves.

As autoridades sanitárias do governo alemão, onde primeiro se identificou a estirpe, acusaram os pepinos orgânicos espanhóis de serem os causadores da contaminação. Tiveram de retificar a acusação, porque era falsa, mas já tinham provocado grandes perdas. Acusam também os tomates e a alface, especula-se com o leite, a carne e a água engarrafada. Segundo o Instituto Robert Koch da Alemanha, trata-se de uma variante desconhecida, produto de recombinação de outras, que deu a nova E. coli entero-hemorrágica O140:H4. No princípio suspeitavam da E. coli O157:H7, que foi encontrada na carne picada de grandes empresas como a Cargill e que em 2008 levou à retirada de 64 milhões de toneladas de carne dos Estados Unidos e milhares de pessoas afetadas.

Neste caso dizem não saber donde saiu nem quanto tempo vai durar, mas estendeu-se a vários países europeus e já causou 18 mortes e mais de 2.000 internações que podem ter conseqüências graves. Poder-se-ia juntar uma longa lista de acidentes graves do sistema alimentar industrial (carnes contaminadas, melamina, dioxinas, aditivos e embalagens de plástico tóxicos, adulterações). O certo é que graças à indústria agro-alimentar controlada por um vintena de transnacionais globais, a comida deixou de ser necessidade, prazer e cultura para se tornar numa permanente ameaça à saúde.

No caso das bactérias E. coli, das quais há muitas variantes diferentes, estas são usadas e manipuladas na forma intensiva e extensiva pela indústria, o que está a favorecer a criação de novas estirpes continuamente. Por exemplo, são um elemento importante na construção de transgênicos (agroalimentares, farmacêuticos e veterinários), são o vetor de fermentação da biologia sintética (manipulando com genes artificiais bactérias E. coli e leveduras, porque são rápidas e fáceis de usar), são o vetor para fabricar hormônios transgênicos (hormônio de crescimento bovino) para que as vacas produzam quantidades absurdas de leite que as põem doentes e nos provocam doenças. Na maioria dos casos, para testar se a modificação genética foi bem sucedida aplicam-lhes antibióticos, pelo que, para além da transferência horizontal de material genético entre diferentes bactérias (que só por si os transgénicos promovem), aumentam também a resistência aos antibióticos.

Como as E. coli estão presentes por todo o lado mas aumentam em certas condições (armazenamento, transporte, temperaturas, etc), nas grandes instalações são combatidas com bactericidas que promovem ainda mais mutação e resistência.

A presença de bactérias e vírus, normais ou por falta de higiene e outras condições, pode acontecer tanto nas pequenas produções locais, como nas grandes. Mas nas pequenas e descentralizadas, desde a criação animal às culturas, comércio e processamento de alimentos, fica focalizada ou diluída entre muitas outras fontes de diversidade animal e vegetal.

É justamente o caráter extensivo e uniforme das culturas e dos animais que os torna mais vulneráveis, enquanto que os ataques contínuos com químicos criam maior resistência, juntamente com grandes transportes e diversos processos de embalagem que os grandes supermercados exigem, o que converge para criar as variantes mais perigosas. Já na espiral destrutiva, para controlar todo este desastre de doenças – quer as que são descobertas, quer as muitas sobre as quais não há estatísticas – aplicam mais químicos como conservantes, aplicam irradiação de alimentos e embalagens com nanotecnologia para que os alimentos pareçam frescos, ainda que sejam nocivos.

Assim como aconteceu com a gripe suína, não é verdade que as autoridades não saibam donde saiu a variante da bactéria. Inclusive, desde já, podemos dizer-lhes donde virão muitas das próximas bactérias e vírus patogênicos.

A verdadeira origem do desastre é o sistema agro-alimentar, que foi seqüestrado pelas transnacionais, e que para ganharem mais, a nossa comida é transgênica, torna-nos obesos, tem menos nutrientes e está cheia de venenos, sejam químicos ou nano-tecnológicos. Tão brutal foi o seqüestro dos mercados, que em lugar de advertir os que têm tóxicos, etiqueta-se – com elevado custo para produtores e consumidores – os produtos orgânicos que não têm tóxicos. E de passagem, afirmam que são a origem das variantes patogênicas.

Conseqüentemente, o controle da segurança alimentar transformou-se numa máquina comercial que longe de favorecer a saúde pública e prevenir doenças, é um sistema seletivo de privilégios para as grandes empresas, para deslocar e impedir a produção e consumo de produtos camponeses, de pequenos produtores e de muitos países do Sul. (Recomendo a leitura do informe da Grain: Food safety for whom: corporate wealth vs. peoples’s health www.grain.org)

Apesar de tudo isto, 70 por cento do planeta ainda se alimenta da produção camponesa, comunitária e familiar. Para a saúde de todos e do planeta, é isso que temos de resgatar e apoiar, contra a voracidade homicida das transnacionais.


(*) Silvia Ribeiro é investigadora do grupo ETC. Artigo publicado no jornal mexicano La Jornada, traduzido por Carlos Santos para Esquerda.net



terça-feira, 14 de junho de 2011

Pode acontecer...


Anamnese e exame clínico

Uma mulher leva um bebê ao pediatra. O médico cumprimenta a mulher, começa a examinar o bebê e logo constata que o peso dele está abaixo do normal. Pergunta:

- O bebê é alimentado com leite materno?

- Sim - diz a mulher.

- Então, por favor, mostre-me seus seios.

A mulher mostra. O médico toca, apalpa, aperta ambos os seios; gira os dedos nos mamilos; primeiro suavemente, depois com mais força, coloca as mãos por baixo e os levanta; uma vez, duas vezes, três vezes; examina-os detalhadamente. Inconformado, suga os mamilos repetidamente. Então sacode a cabeça de um lado pro outro, e diz:

- Pode se vestir.

Quando a senhora está novamente composta, o médico diz:

- É claro que o bebê tem peso a menos. A senhora não tem leite algum.

- É verdade, doutor. Eu sou a avó dele. Mas adorei ter vindo!


What do people live for?

Você pode clicar na seta abaixo pra ver o vídeo; deve funcionar. Mas se eu fosse você, eu clicaria aqui.





Pra ter acesso a outras referências deste comercial, clique aqui.




Agradecimentos a Luciano.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Concurso para pastor

O Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (CESPE/UnB) abrirá o primeiro concurso para pastor da Igreja Universal do Reino de Deus.

Segundo representante da Universal, o concurso público tem a intenção de recrutar profissionais qualificados para participarem do “a grande expansão da Palavra” e a “cultura popular de Deus”.

“Já conquistamos nosso espaço em 172 países. Temos obras sociais espalhadas nos quatro cantos do globo. Precisamos de profissionais não apenas ungidos pelo Espírito Santo e preparados no fogo do Pai das Luzes para cumprir nossa missão evangelizadora, mas também de pastores com conhecimento técnicos para darem continuidade a essa obra tremenda” explica empolgado o pastor Ricardo Ibrahim, responsável interno da IURD pela organização do concurso.

Adavilson dos Santos, de 23 anos, morador de Guarulhos, pensa em fazer o concurso. “Estou muito ansioso, sou pastor desde os meus 18 anos e obreiro da minha igreja desde os 11. Colei grau em Teologia ano passado. Sempre estudei bastante. Esta é uma oportunidade muito grande na carreira de qualquer pastor e não vou perdê-la”, vibra o jovem.

As vagas serão abertas para candidatos do sexo masculino com curso superior em quaisquer áreas. Candidatos com Bacharelado em Administração Eclesiástica ou Pós-Graduação (mestrado e doutorado) em Administração de Igrejas e disciplinas afins ganham pontos na prova de títulos. O número de vagas não foi divulgado. O salário inicial na investidura do cargo é de R$ 8.234,82 mais benefícios.

Fonte: Alem Tempo Real
Postado por: Felipe Pinheiro

Negócio da China


Um estudante chinês de 17 anos da província de Anhui vendeu um de seus rins para poder comprar um iPad 2 de acordo com informações do ShanghaiDaily.com. Zheng entrou em contato com um agente de vendas de rins pela internet, que por sua vez ofereceu pagar 20 mil yuanes pelo órgão, cerca de US$ 3 mil. "Eu queria comprar um iPad 2, mas não podia pagar por ele. Um agente me contatou pela internet e disse que poderia me ajudar a vender um rim por 20 mil yuanes", disse o jovem, que se encontra com a saúde delibitada e arrependido do que fez de acordo com o site.
A operação teria sido realizada em 28 de abril em Chenzhou, sem a autorização dos seus pais. O jovem teria recebido 22 mil yuanes pelo rim direito, que por sua vez foi retirado no Chenzhou Hospital n º 198. Quando voltou para casa, sua mãe descobriu e relatou o ocorrido à polícia imediatamente. Porém, eles não conseguiam localizar o corretor, cujo telefone celular estava sempre desligado.
Além de não estar qualificado para fazer tal procedimento, o hospital alegou que não tinha ideia da cirurgia de Zheng porque o departamento que fez a retirada do órgão tinha sido contratado para um empresário de Fujian. O caso ainda está sob investigação. Infelizmente, O texto do ShangaiDaily.com não deixa claro se o menino conseguiu de fato comprar o tão desejado iPad 2.

Mais do mesmo.

sábado, 4 de junho de 2011

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Vila de Amor e Amizade onde não é preciso dinheiro
José Antonio Sestelo


Fui ao Japão pela primeira vez em setembro de 1995, quando as folhas começavam a cair na província de Mie em Honshu, a maior ilha do arquipélago. Lembro especialmente da beleza das cores, do sabor das frutas e do cheiro da palha de arroz depois da colheita.


Voltei no inverno, a tempo de experimentar a celebração do ano novo na Vila Yamaguishi do Toyosato, próximo da cidade de Tzu. Desta vez para ficar por mais tempo morando na Vila e freqüentando o seminário da Escola de Kensan em tempo integral. A Vila era uma comunidade agrícola anarquista ligada em rede com outros núcleos em todo o Japão. A base do seminário na Escola de Kensan era a reflexão em conjunto sobre as atividades práticas de trabalho e da vida quotidiana em uma perspectiva que, hoje penso, estaria ligada à tradição do budismo Zen japonês.


Conheci pessoas muito interessantes durante esse tempo. Foi aí também que conheci o AIKI DÔ. Não com esse nome, porque ninguém me disse que ali se praticava uma arte marcial. Era uma vila de agricultores onde se plantava arroz em consórcio com a criação de animais. O esterco, inclusive humano, era utilizado para preparar um composto e fertilizar o solo, e os vegetais eram utilizados para alimentar os animais. Usava-se também todo tipo de sobra e refugo de alimentação humana para fazer ração. O pessoal da vila uma vez recebeu um grande carregamento de bananas que vieram do Equador, mas haviam sido rejeitadas pelo importador porque estavam fora do padrão estético comercial. A carga seria devolvida ou teria que ser incinerada. A vila era uma sociedade onde “não havia nada para se jogar fora”.


As crianças viviam juntas desde pequenas e, na idade escolar, freqüentavam também a escola do bairro. Um dia vi uma cena que me impressionou. Um Sensei já velhinho recebeu os meninos para atividade física e recreação. No tatami fizeram uma brincadeira onde as crianças corriam para derrubar o Sensei com um ataque frontal. Não havia fila. Ia quem queria, na hora que queria. Primeiro uma, depois em grupos, depois todos juntos, os pequenos partiam decididos e eram arremessados delicadamente pelo Sensei de encontro ao chão. No final, o Sensei, que trabalhava cuidando das galinhas, mostrou um ovo.


Falou que o ovo era fertilizado e cheio de vida, pediu cuidado e... arremessou o ovo no ar. Um garoto voou e agarrou com a mão impedindo a queda, e o devolveu delicadamente para a o Sensei.


Trabalhei com as galinhas um tempo e tive oportunidade de conversar com os tratadores. Eles diziam que não estavam ali apenas para produzir ovos. Enfatizavam que cultivavam uma relação de harmonia entre eles, os animais e a natureza, e que o ovo era apenas um sub produto dessa relação. As galinhas viviam com os galos em quartos arejados e espaçosos e os ovos eram conhecidos em todo o Japão como “ovos da felicidade”.


Anos depois, no Brasil encontrei um grupo e comecei a praticar formalmente o AIKI DÔ. Agora na tradição de O Sensei Ueshiba trazida para o Brasil por Kawai Shihan, mas sem perder a ligação com os princípios que havia praticado desde o tempo de Japão.


Para mim ainda é algo misterioso e intrigante como é que se pode gerar harmonia, no trato das coisas do mundo seja lá o que for. Seja criando galinha, seja cuidando de criança ou se movimentando no tatami ao lado de um UKÊ.


Meu palpite é que todo movimento tem um ponto de origem, e que esse ponto está associado a uma intenção e a um sentimento. A forma específica que o movimento assume será sempre a forma de conveniência para um dado momento, e cada momento é único e não se repete jamais. Portanto não existe forma padrão que possa ser usada de rotina.


Na Vila o ponto central de convivência era o refeitório. Era ali que se celebrava a vida e se iniciava, pela boca, a produção do esterco para fertilizar o solo. Não havia nada para se jogar fora, porque partia-se do entendimento de que tudo que existe, mesmo os sentimentos humanos mais agressivos e violentos podiam ser, de alguma forma, harmonizados em algo que compõe, que integra.


O desafio e a beleza da forma residem na sua relação de harmonia com a paisagem, então, penso, o primeiro trabalho é procurar enxergar essa relação. O treino no tatami permite o confronto com a dura realidade física dos corpos humanos que se chocam, com a dor, com o medo, com o apego ao próprio pensamento e também com a leveza, com o desapego e a superação da barreira de fumaça dos limites humanos.


Não há nada prá se jogar fora, não há nenhum gesto que não possa ser aproveitado, não há nada que seja bom ou ruim por definição. No final, o “bom” é o que combina e, de fato, não é possível fazer nada que seja realmente bom, sozinho.


Tudo isso, no entanto, dito assim dessa forma, corre o risco de ser tomado como uma prescrição ou preceito moral para algum tipo de conduta humana, o que não é a minha intenção. De fato a intenção, o ponto de origem desse texto se resume em um convite à prática. Assim, cada um do seu jeito, sem tirar nem por nada de essencial, talvez se possa descobrir coisas interessantes tomando a vida como ela é...


Que tal? Vamos fazer juntos?