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quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Citação do dia.

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Perca peso agora. Não pergunte-me como!
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Auto-imagem.


Da mesma forma que pessoas têm uma melhor auto-imagem do que outras, países também têm. Numa enquete feita pelo Reputation Institute em 33 países, as pessoas foram convidadas a expressar a confiança, admiração, respeito e orgulho que têm por seu país. Os resultados são apresentados como um índice. De acordo com os resultados, os australianos são quase tão entusiastas do seu país quanto são de esportes, e lideram a lista. São seguidos de perto pelos canadenses. Os americanos, normalmente patrióticos e confiantes, talvez estejam sendo afetados pela recessão. A baixa auto-estima dos brasileiros desmente a sua reputação de povo alegre e despreocupado. Os japoneses são os mais sombrios. 



Agradecimentos a Guto.

"Sempre" não é "todo dia"!

Eu hoje acordei tão só
mais só do que eu merecia
Olhei pro meu espelho e "- Rá!"

gritei o que eu mais queria

Na fresta da minha janela
raiou, vazou a luz do dia
Entrou sem me pedir licença
querendo me servir de guia


E eu que já sabia tudo
das rotas da astrologia
Dancei, e a cabeça tonta
o meu reinado não previa


Olhei pro meu espelho e "- Rá!"
Meu grito não me convencia
Princesa eu sei que sou pra sempre
Mas "sempre" não é "todo dia"


Botei o meu nariz a postos
pro faro e pro que vicia
Senti teu cheiro na semente
que a manhã me oferecia


Eu hoje acordei tão só
mais só do que eu merecia
Eu acho que será pra sempre
Mas "sempre" não é "todo dia"






No YouTube.

Outra versão.

O País dos Chapéus

Eis uma crônica de Rubem Alves, publicada na Folha de São Paulo.



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O País dos Chapéus

Vivia num país de céu cor de anil um rei que muito amava o seu povo. Queria que o seu povo fosse feliz. Mas o seu povo não era feliz. Não era feliz porque não era inteligente. A prova de que não era inteligente estava no fato de que aquele povo não sabia e não gostava de ler.  O rei passava seus dias e noites pensando: “Que fazer para que meu povo seja inteligente?” E como ele não sabia o que fazer para que seu povo ficasse inteligente o rei ficou triste.

Viviam naquele país dois espertalhões por profissão chapeleiros. Ficaram sabendo das razões da tristeza do rei. E maquinaram um plano para ganhar dinheiro às custas da tristeza do rei. Dirigiram-se ao palácio e se anunciaram: “Fizemos doutoramentos no exterior sobre a arte de tornar o povo inteligente.” O rei ficou felicíssimo. “Por favor, expliquem-me essa ciência”, ele lhes disse. “Majestade, o que é que torna uma pessoa inteligente?” Com essa pergunta  abriram um álbum de fotografias. “Veja essas fotografias. Estão aqui as pessoas mais inteligentes da história. Em primeiro lugar Merlin, o maior dos magos. Note que ele tem um chapéu de feiticeiro na cabeça”. Viraram a página e lá estavam as fotos dos doutores de Oxford e  Harvard. Todos eles de chapéu na cabeça, pinduricalho pendurado ao lado. “Veja agora”, disseram eles ao virar mais uma página, “o maior general de todos os tempos, Napoleão Bonaparte. Sabe V. Excelência a razão por que ele perdeu a batalha de Waterloo? Um espião inglês infiltrado lhe roubou o chapéu. Sem chapéu ele não pode competir com Wellington, que usava chapéu. E veja agora os grandes gênios da humanidade: Sigmund Freud, Winston Churchill, Santos Dummont, todos com chapéus na cabeça. Os chapéus dão inteligência. Propomos, então, um programa nacional: “Chapéus para todos”! Por pura coincidência somos chapeleiros e teremos prazer em ajudá-lo na sua cruzada contra a burrice. Montaremos muitas fábricas de chapéus e muitas lojas de chapéus. Todos poderão usar chapéus desde que, é claro, o governo ofereça bolsas aos pobres deschapelados”. O rei ficou entusiasmadíssimo e lançou a campanha democrática “Chapéus para todos”. Os “outdoors” se encheram de “slogans”. “É preciso usar chapéu para se ter um bom emprego”. “Prepare-se para o mercado de trabalho: use um chapéu”. “Garanta um futuro para o seu filho: dê-lhe um chapéu!”. Os pais, que queriam que seus filhos fossem inteligentes, faziam os maiores sacrifícios para lhes comprar chapéus. Havia festas para a cerimônia da “entrega dos chapéus”. Perante um auditório lotado anunciava-se o nome do jovem, o público explodia em palmas, ele se dirigia á mesa dos enchapeuzados e lá lhe era colocado um chapéu na cabeça. Os pais diziam então, aliviados: “Cumprimos a nossa missão. Nosso filho tem um chapéu. Seu futuro está garantido. Podemos morrer em paz.”

A indústria chapeleira progrediu. Até as cidades mais pobres anunciavam com orgulho: “Também temos uma fábrica de chapéus...”

Agências internacionais, sabedoras da campanha “chapéus para todos”, trataram de medir os resultados dessa técnica pedagógica. Fizeram pesquisas para avaliar o efeito dos chapéus sobre os hábitos de leitura do povo. Mas o resultado da pesquisa foi desapontador. O número de chapéus na cabeça não era proporcional ao número de livros lidos. O Rei ficou bravo. Mandou chamar os chapeleiros e pediu-lhes explicações. “Senhores, o povo continua burro. O povo não lê...” Os espertalhões não se apertaram. “Majestade, é que ainda não entramos na segunda fase do programa. Um chapéu não basta. É apenas preliminar. Sobre o chapéu preliminar as pessoas terão de usar um outro chapéu amarelo, um pós-chapéu. O rei acreditou. Tomou as providências para que todos pudessem ter pós-chapéus amarelos Daí pra frente quem só usava o chapéu preliminar não valia nada. Pra se conseguir um emprego era necessário se apresentar usando os dois chapéus: o preliminar e o pós, amarelo. Mas nem assim o povo aprendeu a ler. O resultado das pesquisas internacionais continuou o mesmo: o povo continuava a não gostar de ler. Aí os espertalhões explicaram ao rei que faltava o chapéu que realmente importava: o chapéu vermelho. Era preciso, então, usar o chapéu preliminar, sobre ele o pós amarelo, e sobre o pós amarelo o pós vermelho.

Aquele país ficou conhecido como o país dos chapéus. Todo mundo tinha chapéu, inclusive os pobres. Os resultados da última pesquisa internacional sobre os hábitos de leitura do povo do país dos enchapelados ainda não foram anunciados. Assim, ainda não se sabe sobre o efeito dos chapéus pós vermelho sobre os hábitos alimentares da inteligência do povo. Mas uma coisa já é bem sabida: de todos, os mais inteligentes são os chapeleiros...

PS: É o que eu penso da idéia de “universidade para todos”.

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sábado, 26 de setembro de 2009

Jards Macalé e Lanny Gordin.



Quando escrevi o Pelô de Vanguarda, eu na verdade queria realizar um sonho ... o sonho de reunir alguns malditos maravilhosos...
Essa é a mpb que eu gosto.
É a mpb que tem espirito rock'n roll !!!
E hoje dedico ao Bolodório o Mal Secreto, interpretado por dois dos malditos que consegui juntar no Pelourinho nos dias 25 e 26 de Setembro de 2009.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Tragicômico.

Amizades.


No início da noite de sábado ela me ligou dizendo que queria sair pra se divertir e que Bruno - meu amigo - tinha sumido. Pensei: a tarefa era do cara, ele é brother, deve estar ocupado, eu posso quebrar esse galho, eu pretendia sair mesmo, ela é mais amiga dele, mas também é minha amiga, "receba bem o turista",  etc. Assim, ingenuamente, me ofereci pra dar uma de cicerone naquela noite. Na tarde anterior Bruno e eu tínhamos nos falado, eu o havia convidado pra um evento, ele disse que não poderia comparecer porque iria a um casamento em Lauro de Freitas. Aparentemente a nossa amizade estava bem. Agora sei que ele foi maquiavélico, no sábado desligou o celular, e na sexta à noite havia sugerido a ela que me telefonasse. 


Marquei com ela num bar que eu costumava frequentar. O lugar estava cheio. No inicio tudo correu bem, mas depois que ela bebeu 4 latinhas de SMIRNOFF ICE, a coisa degringolou: empurrava todo mundo, pisava no pé de quem estivesse por perto, queria que todo mundo abrisse espaço pra ela dançar, queria tapete vermelho pra passar. Brigou na fila do banheiro, humilhou a menina do caixa, discutiu com o segurança, quase bateu numa loura que estava olhando pra ela. Um vexame! 


Finalmente consegui despachá-la, mas não sem que ela me desse algumas tarefas. Ela exigia: fazer aulas de surf, falar com Dadá, fazer um dread, e ouvir reggae ao vivo, preferencialmente na véspera de ir embora. Domingo, dia de descanso e ressaca, fui à luta: pesquisei, e enviei a ela, por e-mail, os contatos de uma boa "escola de surf", os telefones e endereços dos restaurantes de Dadá, e dois links a respeito de dreads. Comecei a ver com quem ela poderia fazer o dread, e onde, nos próximos dias, haveria regueiros tocando em bares.


Ela me ligou na segunda-feira, queria ir fazer o dread. Marcamos num ponto de ônibus perto do Pelourinho. Ou melhor: marquei no "fim-de-linha" dos ônibus de ar-condicionado que vão pra Praça da Sé. Ônibus convenientemente frescos, difíceis de confundir, passam perto da casa onde ela estava hospedada. Não é que ela conseguiu se perder? Fiquei esperando quase 1 hora. Ela chegou. Achei que me faria bem tomar um sorvete nA Cubana do Elevador Lacerda. Quando eu estava saboreando o meu sorvete de ameixa, ela começou: "Eu não sei porque tanta onda em torno de um elevador da OTIS, toda cidade tem milhares de elevadores da OTIS e ninguém fica fazendo cartões postais com eles, o elevador nem é panorâmico, o trajeto só dura 10 segundos, coisa de gente preguiçosa colocar um elevador no meio da cidade, blablabla...". Tava dificil me fingir de guia de turismo simpático...


Mal chegamos ao Pelourinho, ela caiu no golpe da fitinha do Senhor do Bonfim. Em consequencia disto acabei participando de um esquema de compra de crack, pois a simpática que ofereceu uma fitinha e pediu dinheiro pra comprar pão e leite, certamente foi comprar um outro gênero de primeira necessidade num ponto de venda próximo.


O objetivo era fazer o dread. Eu achei que seria fácil mas, com ela nada é fácil. Queria uma argolinha de prata no dread, queria que a argolinha fosse de determinado tamanho e tivesse um certo desenho, não podia ser miçanga, não podia ser de plástico, etc. Depois de pesquisarmos junto a 15 "dredeiras", tive uma idéia luminosa! Disse a ela que havia lembrado de um lugar perfeito. Fomos nos dirigindo ao tal local, e eu casualmente puxei o assunto de Dadá, perguntei se ela já tinha ligado pra algum dos restaurantes. Ela se soltou: "Ainda não liguei, foi bom voce ter me lembrado, eu nao posso sair de Salvador sem falar com a Dadá, se ela souber que eu estive aqui e não procurei ela, ela me mata, nós somos amigas de infância, eu vou te levar pra jantar lá, voce pode levar sua namorada e quem mais você quiser, a gente não vai pagar nada, blablabla...". Eu ouvia, e ria por dentro.


Chegamos ao atelier de Negra Jô. Ela já entrou parecendo que tinha passado a vida inteira no Curuzu, tipo "Tô completamente à vontade aqui, sou local, sou negona desde pequenininha". Outro vexame. Todo mundo percebeu a farsa, ela com aquela tinta desbotada na pele e aquele sotaque que basta ela dizer "Oi", que alguem pergunta "Voce é mineira?". Ela é goiana. A menina que a atendia começou a fazer o dread possível, tendo em conta o cabelo da moçoila. Quando ela viu o resultado parcial, foi outro escândalo: "Eu sou preta roots, quem faz trancinha é gringo, o que é que vocês tão pensando, eu quero um dread  grosso, e quero da grossura do rabo daquele gato!". Eu, morto de vergonha, disfarçadamente fazia um movimento circular com o dedo indicador apontado pra minha orelha. Somente assim consegui a tolerância da galera do atelier. As meninas tentaram resolver, chegaram a colocar uma espécie de prótese, mas era impossível, o dread que ela queria simplesmente consumiria todo o seu rabo-de-cavalo. O trabalho foi concluído, ela pagou, eu agradeci e me desculpei, saímos.


Pensei: é agora! Sem que ela percebesse, fui andando em direção ao "Sorriso da Dadá", que fica bem perto. Quando chegamos na porta do restaurante, eu disse: "Taí a sua oportunidade de ver Dadá!". A moça ficou pálida: "O que? Dadá?!? Onde? Ah... mas ela não deve estar aí agora...". Sugeri que ela fosse verificar com o segurança. À distância, vi o rapaz acenar afirmativamente com a cabeça, e fazer um gesto largo, o braço esquerdo indicando a entrada. Ela voltou, sem graça, e disse que Dadá não estava. Eu gargalhava por dentro.


A esta altura eu precisava de uma bebida. Entramos na Cantina da Lua, participante da primeira edição do COMIDA DI BUTECO em Salvador. Ela começou a dizer que o festival de Salvador era o pior do Brasil, que o tira-gosto que estávamos comendo era fraco, blablabla. Eu precisava de uma bebida mais forte, e quis mudar o tema, então pedi uma caipirinha de cravinho. Dificilmente ela ia poder dizer que a caipirinha de cravinho do boteco na esquina da casa dela era melhor, pensei. Ofereci a ela. Outro erro. Ela começou a desfiar a lista de coisas com sabor forte que ela nao gosta: cravo, canela, coentro, sal, cebola, alho, salsa, curry, gengibre, noz-moscada, pimentão, páprica, mostarda, pimenta chilli, pimenta branca, pimenta preta, pimenta-do-reino, erva doce, pimenta calabresa, cardamomo, cominho , baunilha, segurelha, anis, hortelã, mortadela. Estes sao os que eu lembro de cabeça. A lista completa durou 3 minutos. Então ela disse que o paladar dela é muito sensivel. Sensivel é meu saco!



Tendo cumprido a "tarefa dread", eu estava pronto pra ir embora. Por educação perguntei se ela gostaria de ir comigo ao aniversáio de uma amiga, uma reuniãozinha, apenas uma dúzia de pessoas. Ela topou! No caminho, fiz algumas recomendações. Ela começou bem: quietinha, sentadinha, caladinha. Aos poucos foi se soltando, respondendo quando falavam com ela. Depois passou a falar com as pessoas, e a levantar pra pegar uns pãezinhos com patê. Quando ela ouviu falar em comida, se transformou: "O que é esse tal de xinxim? Eu quero, eu quero!". Depois que a dona da casa a viu rondando o fogão pela terceira vez, concluiu que deveria oferecer o xinxim. Ela foi a primeira pessoa a comer! Deve ter comido uns 4 pratos (é uma estimativa, eu parei de contar no terceiro). Eu estava meio envergonhado, mas pensava que a coisa pararia por ali. Que nada! Tinha o bolo. Eu fiquei excitado com os olhares que ela lançou ao bolo! Faltam-me palavras para descrevê-los. Aí começou o dilema: "A Lili deve de tar preocupada comigo", "Eu preciso falar com ela", "O meu celular descarregou", "Eu nao sei o telefone dela", "Eu preciso falar com ela", "Eu preciso ir embora", "Eu preciso comer este bolo", "Eu preciso ir embora", "Eu preciso comer este bolo". Disse que ficaria "de mar" comigo se eu não desse um jeito de ela comer o bolo. Eu, salomônico e educado, perguntei a Geninha se a gente iria cantar os parabéns pra Márcia. Geninha achou que era bem lembrado, já estava na hora, tinha um casal amigo querendo ir embora. Cantamos os parabéns. Só que depois dos parabéns todos voltamos aos nossos afazeres etílicos. A moça pirou: "Como assim? Canta parabens e não parte o bolo? Eu nunca vi disso! Bando de malucos! Cachaceiros!". Felizmente ela falava só comigo, acho que ninguém percebeu. Velho, não é que ela pediu a Geninha pra comer o bolo?!? Comeu 6 pedaços e foi embora, feliz da vida. Você acredita que o povo gostou dela?!? Realmente eu só ando com malucos!


Me ligou na quarta-feira, me chamando pra despedida. A esta altura eu já tinha uma solução pra tarefa do reggae, depois de ter pesquisado em 16 sites do tipo agenda cultural. Numa quarta-feira não era fácil, e havia a questão da localização, o bar não deveria ser muito longe de onde ela estava hospedada. Ela já tinha decidido qual seria o bar do "bota-fora", segundo ela tratava-se de um bar famoso, tipo o "Albano's". Chamava-se "À-tôa". Eu nunca tinha ido ao bar, e nunca tinha ouvido falar. Deve ser porque eu saio pouco. Fui. O tema dominante na mesa foram as tais aulas de surf : "Sou eu e 70 noruegueses, eu surfo melhor do que todos eles, ta um problema sério na praia porque os caras todos ficam me olhando, as norueguesas tão todas revoltadas, eu tenho receio de causar um incidente diplomático, blablabla...". A gente ouvia e dizia "Hum... hum...". Não íamos contrariar, né?


No bar, durante a maior parte do tempo tocou Ana Carolina, o repertorio deprê. Pensei: aqui é o primeiro tempo, ela quer estar com a turma toda, algumas pessoas têm compromissos amanhã cedo, depois parte da galera vai "cair no régue". Engano meu. Ela não podia dormir tarde, porque no dia seguinte faria aula de surf às 6 da manhã! Existe no mercado desde a década de 50 uma substância, o metilfenidato, que vem sendo utilizada com sucesso no tratamento dessas coisas...


A pobre da Lili estava muito preocupada. Confidenciou - com voz embargada e lágrimas nos olhos - que a moça levantava durante a madrugada, abria os olhos, andava pela casa, falava, resmungava, falava mais, discutia, ficava olhando pro teto, depois voltava pra cama, fechava os olhos e ficava completamente imóvel. Na manhã seguinte não lembrava de coisa alguma. Lili perguntava se ela havia dormido bem, e ela respondia "Ótima, como uma pedra". E não lembrava de qualquer passeio, sonho, ou pesadelo.


Eu não tenho nada a ver com isso, inclusive não me sinto bem opinando a respeito de critérios ou atitudes de familiares, pessoas que não conheço - e que certamente têm boas intenções - mas penso que a questão poderia ser abordada de uma outra forma. Atualmente grandes especialistas defendem que a internação não é a melhor alternativa, e sim o tratamento com terapias e fármacos, em regime aberto, sem que o paciente seja privado do contato com a família. Especialmente em casos de pacientes que vistos de uma certa distância parecem normais. Dizerem à moça que vão mandá-la pra Miami e internarem-na numa instituição no interior de SP... sinceramente... eu acho golpe baixo!


Eu nunca mais soube da moça. A minha amizade com Bruno ficou meio abalada.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Religiões.



Leandro Hassum no Jô.

Homens e aviões.

O homem até 20 anos de idade: Avião de Papel - faz apenas vôos rápidos, de curto alcance e duração.

Dos 20 aos 30: Avião de Caça Militar - sempre a postos, 7 dias por semana. Ataca qualquer objetivo. Capaz de executar várias missões, mesmo quando separadas por curtos intervalos de tempo.

Dos 30 aos 40: Aeronave Comercial de Vôos Domésticos - mantém horários regulares. Destinos bastante conhecidos e rotineiros. Os vôos nem sempre saem no horário previsto, o que demanda mudanças e adaptações que irritam a clientela.

Dos 40 aos 50: Aeronave Comercial de Vôos Internacionais - opera em horário de luxo. Destinos de alto nível. Vôos longos, com raros sobressaltos. A clientela chega com grande expectativa; ao final, sai cansada, mas satisfeita.

Dos 50 aos 60: Aeronave de Carga - preparação intensa e muito trabalho antes da decolagem. Uma vez no ar, manobra lentamente e proporciona menor conforto durante a viagem. A clientela é composta majoritariamente por malas e bagulhos diversos.

Dos 60 aos 70: Asa Delta - exige excelentes condições externas para alçar vôo. Dá um trabalho enorme para decolar e, depois, evita manobras bruscas para não cair antes da hora. Após a aterragem, desmonta e guarda o equipamento.

Dos 70 aos 80: Planador - só voa eventualmente e com auxílio. Repertório de manobras extremamente limitado. Uma vez no chão, precisa de ajuda até para voltar ao hangar.

Depois dos 80: Aeromodelo - é apenas uma curiosidade.

Pato ao molho branco.

O cara chegou em casa às 18h00 e disse à esposa que o chefe dele marcou uma reunião para as 22h00, mas que ele não iria, pois considerava aquilo um absurdo.

A mulher, preocupada, argumentou que o trabalho é muito importante, e convenceu o marido a comparecer à reunião.


O maridão, esperto, foi tomar banho, e pensou: "Foi mais fácil do que eu imaginava".

Enquanto o cara tomava banho, a mulher revistou os bolsos da roupa dele. Num dos bolsos do paletó, encontrou um bilhete onde lia-se:

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Amor,
Estou te esperando pra comermos um pato ao molho branco.
Beijão,
Sheila
"

Quando o cara saiu do banho, encontrou a mulher de camisola transparente, sem calcinha, toda fogosa, deitada de bruços. O sujeito não resistiu, e caiu matando. A mulher deu um trato completo no cara. Exausto, ele virou pro lado e adormeceu.

Pouco depois, a mulher o acordou. Ele disse que havia desistido de ir à reunião. A mulher novamente falou da importância do trabalho, e o cara saiu.

Quando chegou na casa da amante, o cara estava arrasado. Disse a ela que havia trabalhado demais, que iria tomar um banho e descansar um pouco.

Enquanto o cara estava no banho, a mulher revistou os bolsos da roupa. Num dos bolsos da calça, encontrou um bilhete onde lia-se:

"
Sheila,
O pato está aí, mas o molho branco ficou todo aqui.
Um beijo,
A esposa
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quarta-feira, 23 de setembro de 2009

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

terça-feira, 15 de setembro de 2009

O sorriso de Ronald.


Publicada em http://hawtness.com/2009/09/15/wtf-girl-photo-wow-someone-really-likes-mcdonalds/ .

Cremação gratuita.

população de baixa renda de Salvador já pode optar pela cremação, que será feita gratuitamente.
A Sesp habilitou um número de telefone (3172 – 4233) para informar a respeito do serviço.

Fonte: http://www.aratuonline.com.br/noticia/28799.html .

Um mundo muçulmano.

Sugiro que você comece a ver o vídeo em 0:57 (57 segundos), e pare em 6:59 (6 minutos e 59 segundos).


Pode acontecer...

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Citação do dia

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Não é necessário exorcizar uma superstição. Podemos curti-la, desde que ela conheça seu lugar.
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Comprar pode ser divertido.

Hoje fui ao shopping cumprir uma tarefa específica, cumprí-a, já estava me dirigindo ao carro, de repente me vi numa loja de óculos esportivos. Fui abordado por uma vendedora, experimentei alguns óculos, fiz alguns comentários, ouvi outros; chegou um segundo vendedor, deu palpites; um terceiro deu opiniões e tentou me convencer a comprar um relógio. Gostei de 2 modelos de óculos, tive dúvidas, fizemos um concurso, escolhemos um vencedor. Dirigi-me ao caixa, já ia pagar, me ofereceram um kit, não comprei, mas comprei dois dos artigos que o compunham - um produto pra limpeza de lentes e um acessório que serve pra pendurar os óculos em volta do pescoço. Paguei com cartão de crédito, gostei de dividir em 3 vezes sem juros. Tudo deve ter durado uns 15 minutos.

Saí da loja contentíssimo! Achei divertido. Me surpreendi comigo mesmo.

As mulheres estão acostumadas a comprar desta forma. Estudos mostram que os homens se estressam enquanto fazem compras.

Por outro lado, foi identificado que na tentativa de aliviar o estresse, as pessoas compram o que não necessitam.

Estou estressado? Estava relaxado? Estou mudando, como consumidor?

Ah! Quando eu ia saindo, a vendedora e um dos vendedores disseram:

- Sucesso com os óculos!

Bem treinados.

O cortejo fúnebre.

Saindo do supermercado, um homem deparou com um inusitado cortejo fúnebre: na frente vinha um caixão; depois, um segundo caixão; em seguida, um homem levando um doberman pela coleira; e finalmente, uma longa fila indiana formada apenas por homens.

Corroído pela curiosidade, ele se aproxima do homem com o cão, e diz baixinho:

- Meus sentimentos pela sua perda. Eu sei que o momento não é apropriado, mas eu nunca vi um cortejo como este! O senhor poderia me dizer quem faleceu?

- Bem... no primeiro caixão está minha esposa.

- Eu sinto muitíssimo! Perdoe a minha curiosidade... como ela faleceu?

- Foi o meu cachorro... ele a atacou.

- Nossa, que tragédia! E no outro caixão?

- No segundo caixão está minha sogra... ela tentou salvar a filha, e...

Seguiu-se um silêncio profundo. Então os dois homens olharam-se nos olhos.

- Me empresta o cachorro?

- Entre na fila.

Matt Harding.



Matt Harding, em vez de tirar aquela famosa e chata foto de postal, fez diferente: criou uma dancinha totalmente boba, mas contagiante. Funciona assim: alguém se encarrega de filmar, ele vai lá e dança, na maioria das vezes acompanhado.
Foram 42 países, inclusive o Brasil...
Vejam que legal. Eu queria estar perto pra dançar também, é claro, afinal de contas eu nasci pra brilhar!!!!! rsrsrs

Buena vista.

No dia 22 de agosto (sábado) antes das 8 da manhã eu já estava no Shopping Barra esperando a bilheteria do TCA abrir, pra comprar ingressos do show do Buena Vista Social Club (a rigor, “Buena Vista Social Club Stars e Convidados”), que ocorreu no domingo passado.

Dizem que quem madruga é ajudado. No caso da compra dos ingressos, sinto-me recompensado por ter passado a madrugada na farra.

Saí do espetáculo apaixonado. Você pode estar pensando que caí de amores por Idania Valdés. Ela bem que tentou, aquela sedutorazinha barata. Também não foi Lili que me conquistou. O meu pobre coração chora de saudade de Doña Tereza Garcia Caturla !

A dama simplesmente roubou a cena: cantou, rebolou, sorriu, passeou, brincou, emocionou, "jogou bola", seduziu o sisudo "lanterninha", dançou com celebridades instantâneas, etc. Aprontou. E transformou o show numa festa. Note que o grupo fazia a sua segunda apresentação daquela noite!



Tereza Garcia Caturla





Eu não consegui descobrir a idade da senhora, mas ninguém apostaria em menos de 70 (ela iniciou a carreira em 1961). Impressionante!


sábado, 5 de setembro de 2009

Lisboa perto de casa.

Uma das coisas boas de Lisboa é que come-se bem e barato em qualquer esquina.

Hoje almoçamos no restaurante CASA LISBOA. Pedimos pratos individuais, pretendíamos comer dos dois pratos. Começamos pelo Bacalhau Cozido com Todos; quando acabamos de comê-lo, já estávamos satisfeitos! Digo "satisfeitos", não apenas saciados, pois o prato estava muito bom. Trouxemos pra casa Lulas Grelhadas com Molho de Limão e Manteiga, que provavelmente será o nosso jantar.

A cesta de pães (artesanais) é interessante, mas não é farta. O local é bonito e agradável. O atendimento prestado pelo jovem garçom Sílvio foi muito bom.

A conta - referente a 1 cesta de pães, 2 pratos individuais, 1 sobremesa, 4 long necks (engraçado... eu acho que nós bebemos 3), 1 água mineral e 1 café expresso - ultrapassou os 53 Euros.


terça-feira, 1 de setembro de 2009

Função de busca.

O Bolodório já tem quase 500 posts! Recentemente adicionei uma função de busca que vem a calhar neste contexto, uma vez que permite procurar por palavras ou frases que aparecem nos posts.

Experimente em "PESQUISAR NO BOLODÓRIO".

Sobre tempo e jabuticabas.

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Sei que contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para frente do que já vivi até agora. Sinto-me como aquela menina que ganhou uma bacia de jabuticabas. As primeiras, ela chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.

Já não tenho tempo para lidar com mediocridades. Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados. Não tolero gabolices. Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.

Já não tenho tempo para projetos megalomaníacos. Não participarei de conferências que estabelecem prazos fixos para reverter a miséria do mundo. Não quero que me convidem para eventos de um fim de semana com a proposta de abalar o milênio.

Já não tenho tempo para reuniões intermináveis para discutir estatutos, normas, procedimentos e regimentos internos.

Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturas.

Não quero ver os ponteiros do relógio avançando em reuniões de "confrontação", onde "tiramos fatos a limpo". Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário-geral do coral. Lembrei-me agora de Mário de Andrade que afirmou: "as pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos". Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa...

Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade, defende a dignidade dos marginalizados, e deseja tão somente andar ao lado de Deus.

Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade, desfrutar desse amor absolutamente sem fraudes, nunca será perda de tempo.

O essencial faz a vida sempre valer a pena!

Pros fãs de FRIENDS