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E começaram as chuvas e os dilemas mesclados com discursos e promessas. Chove nas ruas e nos morros; baldes e vasos precisam conter um pouco das águas, 'das águas de março'. Chove. E há lama no asfalto. Barracos deslizam inteiros. E gente em pedaços, meninos andam em barcos, ou navegam 'em solitário'. Cortando a mesmice dos dias de março. Barracos voltam a cair, mulheres choram os seus desabrigados. Um caminhão virou com os seus romeiros. Chove agora nos olhos dos seus...
Chovem também desafetos ao ritmo triste dos lamentos molhados.
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- Helder Souza Falk
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