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domingo, 1 de novembro de 2009

Confraternity of the Faithless.

A religião não me ajuda. A fé que outros dão ao que é invisível, eu dou ao que se pode tocar, e olhar. Meus Deuses habitam em templos feitos por mãos, e dentro do círculo da experiência real meu credo se faz perfeito e completo: demasiado completo, pode ser, pois como muitos ou todos aqueles que colocaram o seu céu nesta terra, encontrei nela não meramente a beleza do céu, mas o horror do inferno também. Quando eu penso sobre religião, sinto que gostaria de fundar uma ordem para aqueles que não podem acreditar: a Confraria dos Incrédulos, poderia se chamar, onde num altar, sobre o qual nenhum círio queimasse, um sacerdote, em cujo coração a paz não tivesse lugar, celebraria com pão não abençoado e um cálice vazio de vinho. Qualquer coisa para ser verdadeira tem de se tornar uma religião. E agnosticismo deve ter o seu ritual não menos do que a fé. Ele semeou seus mártires, deve colher os seus santos, e louvar a Deus diariamente por ter Se escondido do homem. Mas, quer seja fé ou agnosticismo, não pode ser nada externo a mim. Seus símbolos tem ser de minha própria criação. Apenas o que é espiritual que faz a sua própria forma. Se eu não puder encontrar o seu segredo dentro de mim, eu nunca o encontrarei: se eu não já o tiver, nunca virá a mim.

Oscar Wilde (De Profundis)

Um comentário:

  1. Como o paradoxo raramente me escapa, acrescento que fiz esta tradução (a internet ainda não tem tudo...) no Dies Domenica ouvindo Gospel.

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