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quinta-feira, 11 de outubro de 2007

A danada da cachaça.


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Normalmente não misturo (grupos de) bebidas. Vinho no jantar, cervejas depois. Se a jornada não apontar pras fermentadas, tomo whisky; se este faltar ou parecer falsificado, bebo umas roskas, meio contrariado. Ou então fico na água tônica. Nada de coquetéis, bebidas doces, sombrinhas, cores bonitas, etc. Infelizmente tenho dificuldade de beber outra coisa que não cerveja a esta temperatura e umidade, principalmente durante o dia. A honrosa exceção é o mojito, mas tendo me acostumado aos mojitos preparados por Lazaro, um fantástico barman cubano, raramente fico satisfeito com os que bebo por aqui.

Champanhe (não encha meu saco!) só no natal e no reveillon, quando não consigo escapar. A minha implicância começou há anos, quando fui a um coquetel com uma pretendente. Ela estava achando que champanhe era água, e eu estava achando ótimo. Quando saímos do local, rindo e brincando, rolaram os primeiros beijos, e eu senti que a noite prometia. No carro, mais beijos, uns amassos, e negociação a respeito do nosso destino. Satisfeito com o resultado das conversações, parti rumo à terra prometida. Não tinhamos rodado nem 1 km quando ela pediu que eu parasse o carro. Encostei, ela colocou a cabeça pra fora da janela, e fez exatamente o que você está pensando. Forneci uns lenços de papel, dei apoio moral, aceitei os pedidos de desculpa, disse que aquelas coisas aconteciam, que ela não devia se envergonhar, que todos já havíamos passado por uma situação como aquela pelo menos uma vez na vida, blablabla, e deixei-a em casa. No dia seguinte as coisas correram bem melhor, mas ainda não encontrei motivos pra fazer as pazes com aquela pretensiosa e perniciosa bebida.

Raramente bebo em casa, e quase nunca bebo sozinho. Pra mim a bebida é um elemento de socialização, e não sou afeito a reuniões caseiras. Gosto de encontrar as pessoas em bares. Gosto muito dos freqüentadores de certos bares.

Tenho amigos que não freqüentam os tais bares de que gosto, portanto vou com eles a outros bares. O grupo é formado por, digamos, "pessoas que apreciam o consumo de bebidas alcoolicas". Segundo a Organização Mundial de Saúde, a maioria de nós não sofre de alcoolismo. Esta sociedade considera que bebemos "socialmente", logo somos extremamente sociáveis. Organizamos eventos pra beber.

"Cerveja: ajudando as pessoas feias a fazer sexo desde 1549". O ano varia, aqui a escolha não foi aleatória, a cerveja não é a única bebida, e todos nós precisamos de uma ajudinha aqui ou ali, por diversas razões. Segundo a psicóloga e professora norte-americana Pamela Regan, "Tanto o álcool como as drogas estimulam um comportamento menos conservador em relação ao sexo. Muitas pessoas bebem ou usam drogas porque encontram nesses dois instrumentos uma ótima desculpa para sua conduta”.

E aquele fatídico gole que nos leva da euforia à embriaguez? Bom seria não tomá-lo, e às vezes me aborrece constatar que não fui capaz de parar de beber quando deveria, num longínquo momento da madrugada.

As minhas ressacas manifestam-se como combinações dos seguintes sintomas: sede, fotofobia, poucas frases, intolerancia a certos alimentos, pouca disposição pra pessoas, complicações do aparelho digestivo e dores de cabeça. Combato-as com iced tea, cortinas cerradas, celular desligado, frutas, porta trancada, Floratil e paracetamol. Aconteceu recentemente.

Em Portugal diz-se “se conduzir não beba”. Também neste caso a minha lógica pede diferente, fico com “se beber não dirija”. Seja como for, a questão é importante e séria. Ainda dirijo depois de beber, apesar de saber que não deveria. Tenho evitado, mas as alternativas são caras ou desinteressantes. Houve ocasiões em que deixei o carro onde estava, ou pedi a alguém pra dirigir, ou dormi durante umas horinhas antes de pegar no volante, ou combinei previamente de dormir perto da festa, ou simplesmente não fui pro evento. Mas já aconteceu de eu voltar pra casa dirigindo e no dia seguinte não lembrar do percurso. O incrível “piloto automático”!

Preciso arranjar um(a) parceiro(a) de farras que seja abstêmio(a) e dirija bem. Não é fácil.

5 comentários:

  1. Ontem bebi muita cerveja. Hoje acordei com muita sede, e o meu aparelho gigestivo não estava muito bem...

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  2. rsrsrs "gigestivo" é ótimo! Ainda tô bêbado?!?

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  3. Álcool 'torna as pessoas mais bonitas', indica estudo.

    Da BBC Brasil.

    Depois de uns copos de cerveja, as pessoas realmente começam a achar os outros mais bonitos, segundo um estudo feito por cientistas da Universidade de Bristol, no Reino Unido, e publicado na revista New Scientist.

    A equipe liderada por Marcus Munafò, do Departamento de Psicologia Experimental, conduziu uma experiência com 84 alunos heterossexuais, pedindo que eles consumissem uma bebida não-alcoólica com sabor de limão ou uma bebida alcoólica com um sabor semelhante.

    A quantidade de álcool variava de acordo com o indivíduo, mas foi calculada para ter o efeito que um copo de 250 ml de vinho teria em uma pessoa de 70 kg - ou seja, o suficiente para deixar parte dos alunos levemente embriagados.

    Quinze minutos depois, os pesquisadores mostraram fotografias aos participantes de pessoas da sua idade, de ambos os sexos.

    Tanto os homens como as mulheres que haviam consumido álcool avaliaram as pessoas retratadas como mais atraentes do que os participantes do grupo de controle (que tinham tomado a bebida sem álcool).

    A New Scientist destaca como surpreendente o fato de que os resultados não se aplicaram apenas ao sexo oposto, ou seja, homens que haviam tomado álcool também consideraram os homens nas fotografias mais atraentes, assim como as voluntárias, em relação às mulheres fotografadas.

    Esse último dado vai além dos resultados de um estudo anterior feito pela Universidade de Glasgow, na Escócia, no qual o efeito do álcool na percepção da beleza só havia sido verificado entre homens olhando para fotografias de mulheres e vice-versa.

    Segundo a revista, Munafò pretende estudar como o efeito varia de acordo com a quantidade de álcool ingerida, embora, por questões éticas, não possa estudar o efeito de doses que fazem com que as pessoas não consigam mais focar nos rostos.

    Um outro estudo citado pela revista, realizado na Universidade de Yale, indica que as pessoas também tendem a assumir comportamentos sexuais mais arriscados depois de beber, o que poderia ser explicado pelo fato de o álcool baixar as inibições das pessoas "por meio de um efeito direto no cérebro ou ao oferecer uma desculpa conveniente para esse tipo de comportamento".

    (Fonte: http://cienciaesaude.uol.com.br/ultnot/bbc/2008/08/13/ult4432u1545.jhtm )

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  4. Sociáveis, é? Mudou de nome agora foi? Pelo que eu sei esse povo que bebe "grandes volumes de álcool e com grande frequência" é alcoolizado - alcoólatra!!! Mas não se enxerga, cara. Isso tb é pela OMS.

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