"
Pessoal
Como a maioria já sabe ou já tinha notícia, estou me despedindo dessa terra maravilhosa para enfrentar novos desafios profissionais e pessoais no Rio de Janeiro. Ao longo desses 7 anos morando aqui, pude conhecer muitas pessoas que sempre estarão nas minhas lembranças e no meu coração, por me proporcionarem diversão e amizade sem igual... muitas foram as histórias, mas o ciclo se encerra e as vezes precisamos "sair novamente do útero" para encarar novamente o mundo e "pegar no tranco". Enfim, quando parece que tudo vai bem e tranquilo, vem aquela vontade de esculhambar a própria vida, e lá vamos nós.
Além do mais, por conta da mudança, não poderei levar comigo as garrafas de goró que estão em casa, então convoco todos a passarem em casa no sábado, a partir das 18h, para os últimos tragos largos. Vai ter comida e cerveja, além dos destilados que deverão evaporar. Fiquem a vontade para trazer mais cerveja, pois antes sobrar que faltar. Talvez (provavelmente, meus endereços são um mangue) eu não tenha o email de todos, então avisem quem porventura não esteja na lista.
Para quem não sabe (ou não lembra, rs) do endereço:"
Rua Luciana, 08, Ed Matédio, ap 24.
Subir pela rua do Chile, passar 5 montinhos, e virar à esquerda.
Até lá...
M
domingo, 28 de fevereiro de 2010
sábado, 27 de fevereiro de 2010
"Católico não-praticante" ?!?!?!?!?!?!?!?!?
No contexto religioso, apostasia refere-se ao afastamento definitivo e deliberado (ou renúncia) de uma determinada fé ou doutrinação. Pode manifestar-se abertamente ou não.
A depender de cada religião e cultura, um apóstata afastado do grupo religioso ao qual pertencia pode ser vitima de preconceito, intolerância, difamação e calúnia por parte dos demais membros ativos. Um caso extremo é a aplicação da pena de morte para apóstatas na religião islâmica, em países muçulmanos, como por exemplo na Arábia Saudita.
Um apóstata pode pedir formalmente para ser retirado dos registros de uma religião, deixando assim de ser contabilizado para todos os efeitos legais. Note por exemplo o caso do batismo nas religiões cristãs, onde normalmente o indivíduo não fez uma escolha livre e consciente em relação a pertencer à religião. A vertente legal da apostasia é relevante, mesmo em países com separação formal entre estado e religião, porque muitas decisões políticas em relação às religiões são tomadas tendo-se em conta a quantidade de pessoas registradas, e não a quantidade de pessoas que efetivamente as praticam.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Apostasia.
A depender de cada religião e cultura, um apóstata afastado do grupo religioso ao qual pertencia pode ser vitima de preconceito, intolerância, difamação e calúnia por parte dos demais membros ativos. Um caso extremo é a aplicação da pena de morte para apóstatas na religião islâmica, em países muçulmanos, como por exemplo na Arábia Saudita.
Um apóstata pode pedir formalmente para ser retirado dos registros de uma religião, deixando assim de ser contabilizado para todos os efeitos legais. Note por exemplo o caso do batismo nas religiões cristãs, onde normalmente o indivíduo não fez uma escolha livre e consciente em relação a pertencer à religião. A vertente legal da apostasia é relevante, mesmo em países com separação formal entre estado e religião, porque muitas decisões políticas em relação às religiões são tomadas tendo-se em conta a quantidade de pessoas registradas, e não a quantidade de pessoas que efetivamente as praticam.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Apostasia.
Palavras-chave:
citações,
educação,
política,
preconceito,
religião
Colombo era solteiro
Pesquisas recentes revelaram que se Colombo fosse casado, não teria "descoberto" a América. Teria ouvido certas coisas, e desistiria:
- Por que é justamente você que tem de ir?
- Por que não mandam outro?
- Você está louco, ou é retardado?
- Você não conhece nem a minha família inteira, e quer ir descobrir o Novo Mundo!
- Por que eu não posso ir, se você é o chefe?
- Você não sabe mais o que inventar pra ficar fora de casa!
- Só vai homem nessa viagem? Você acha que eu sou besta?
- Se você sair por esta porta, eu vou pra casa de minha mãe, seu descarado!
- Quem é Pinta? Quem é essa tal de Nina? E essa Maria, é uma p%#@ que você diz que é santa?
- Você já tinha planejado tudo, canalha! Vai sair pra se encontrar com umas indiazinhas, não é?
- Se você sair por esta porta, eu vou pra casa de minha mãe, seu descarado!
- Quem é Pinta? Quem é essa tal de Nina? E essa Maria, é uma p%#@ que você diz que é santa?
- Você já tinha planejado tudo, canalha! Vai sair pra se encontrar com umas indiazinhas, não é?
- Você pensa que me engana?
- Você acha que eu vou acreditar que a rainha Isabel vai vender as jóias dela pra pagar sua viagem? Você pensa que eu sou idiota?!? Você está tendo um caso com aquela piranha velha?
- Você vai é cair num abismo! Esqueceu que a Terra é plana, seu imbecil?
- Você acha que eu vou acreditar que a rainha Isabel vai vender as jóias dela pra pagar sua viagem? Você pensa que eu sou idiota?!? Você está tendo um caso com aquela piranha velha?
- Você vai é cair num abismo! Esqueceu que a Terra é plana, seu imbecil?
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
A bíblia do caos
"Millôr definitivo: a bíblia do caos" é uma coletânea publicada em 1994. São 5142 "coisas" de Millôr. Postarei algumas delas aqui, nos comentários deste post. Clique aqui.
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
650 posts
O Bolodório ultrapassou a marca de 650 posts. Quantos deles você já leu?
A verdadeira dívida externa
Há dias enviaram-me um suposto discurso feito por um suposto embaixador mexicano numa suposta conferência de chefes de estado.
Trata-se de um hoax. Um que merece ser mencionado, após os devidos esclarecimentos. O texto, ficcional, é de autoria de Luis Britto García, escritor e historiador venezuelano.
LA VERDADERA DEUDA EXTERNA
Aquí pues yo, Guaicaipuro Cuatémoc, he venido a encontrar a los que celebran el encuentro. Aquí pues yo, descendiente de los que poblaron la América hace cuarenta mil años, he venido a encontrar a los que se encontraron hace quinientos años. Aquí pues nos encontramos todos. Sabemos lo que somos, y es bastante. Nunca tendremos otra cosa.
El hermano aduanero europeo me pide papel escrito con visa para poder descubrir a los que me descubrieron. El hermano usurero europeo me pide pago de una deuda contraída por Judas, a quien nunca autoricé a venderme. El hermano leguleyo europeo me explica que toda deuda se paga con intereses, aunque sea vendiendo seres humanos y países enteros, sin pedirles consentimiento. Yo los voy descubriendo.
También yo puedo reclamar pagos, también puedo reclamar intereses. Consta en el Archivo de Indias. Papel sobre papel, recibo sobre recibo, firma sobre firma, que solamente entre el año 1503 y 1660 llegaron a Sanlúcar de Barrameda 185 mil Kg de oro y 16 millones Kg de plata provenientes de América.
¿Saqueo? ¡No lo creyera yo! Porque sería pensar que los hermanos cristianos faltaron al Séptimo Mandamiento. ¿Expoliación? ¡Guárdeme Tanatzin de figurarme que los europeos, como Caín, matan y niegan la sangre del hermano! ¿Genocidio? ¡Eso sería dar crédito a calumniadores como Bartolomé de las Casas, que califican al encuentro de 'destrucción de las Indias', o a ultrosos como Arturo Uslar Pietri, que afirma que el arranque del capitalismo y la actual civilización europea se deben a la inundación de metales preciosos.
¡No! Esos 185 mil Kg de oro y 16 millones Kg de plata deben ser considerados como el primero de muchos préstamos amigables de América destinados al desarrollo de Europa.
Lo contrario sería presumir la existencia de crímenes de guerra, lo que daría derecho no sólo a exigir su devolución inmediata, sino la indemnización por daños y perjuicios. Yo, Guaicaipuro Cuatémoc, prefiero creer en la menos ofensiva de las hipótesis. Tan fabulosas exportaciones de capital no fueron más que el inicio de un plan Marshall-tezuma, para garantizar la reconstrucción de la bárbara Europa, arruinada por sus deplorables guerras contra los cultos musulmanes, creadores del álgebra, la poligamia, el baño cotidiano y otros logros superiores de la civilización. Por eso, al celebrar el Quinto Centenario del Empréstito, podremos preguntarnos: ¿Han hecho los hermanos europeos un uso racional, responsable o, por lo menos, productivo de los recursos tan generosamente adelantados por el Fondo Indoamericano Internacional?
Deploramos decir que no.
En lo estratégico, lo dilapidaron en las 'batallas de Lepanto', en 'armadas invencibles', en 'terceros reichs' y otras formas de exterminio mutuo, sin otro destino que terminar ocupados por las tropas gringas de la OTAN, como Panamá pero sin canal.
En lo financiero, han sido incapaces, después de una moratoria de 500 años, tanto de cancelar el capital y sus intereses cuanto de independizarse de las rentas líquidas, las materias primas y la energía barata que les exporta el Tercer Mundo. Este deplorable cuadro corrobora la afirmación de Milton Friedman, conforme a la cual una economía subsidiada jamás puede funcionar. Y nos obliga a reclamarles, por su propio bien, el pago del capital y los intereses que, tan generosamente, hemos demorado todos estos siglos.
Al decir esto aclaramos que no nos rebajaremos a cobrarles a los hermanos europeos las viles y sanguinarias tasas flotantes de 20%, y hasta 30%, que los hermanos europeos le cobran a los pueblos del Tercer Mundo. Nos limitaremos a exigir la devolución de los metales preciosos adelantados, más el módico interés fijo de 10% anual, acumulado sólo durante los últimos 300 años. Sobre esta base, y aplicando la fórmula europea del interés compuesto, informamos a los descubridores que nos deben, como primer pago de su deuda, una masa de 180 mil Kg de oro y 16 millones Kg de plata, ambas elevadas a la potencia de 300. Es decir, un número para cuya expresión total, serían necesarias más de 300 cifras, y que supera ampliamente el peso total de la Tierra. ¡Muy pesadas son esas moles de oro y plata! ¿Cuánto pesarían, calculadas en sangre?
Aducir que Europa, en medio milenio, no ha podido generar riquezas suficientes para cancelar ese módico interés, sería tanto como admitir su absoluto fracaso financiero y/o la demencial irracionalidad de los supuestos del capitalismo.
Tales cuestiones metafísicas, desde luego, no nos inquietan a los indoamericanos. Pero sí exigimos en forma inmediata la firma de una 'carta de intención' que discipline a los pueblos deudores del Viejo Continente; y que los obligue a cumplir su compromiso mediante una pronta privatización o reconversión de Europa, que les permita entregárnosla entera, como primer pago de la deuda histórica.
Dicen los pesimistas del Viejo Mundo que su civilización está en una bancarrota tal que les impide cumplir con sus compromisos financieros o morales. En tal caso, nos contentaríamos con que nos pagaran entregándonos la bala con la que mataron al Poeta. Pero no podrán. Porque esa bala es el corazón de Europa.
Fonte: http://www.pepe-rodriguez.com/Ecologia_Consumo/Deuda_externa_indigena.htm
Para ter acesso a uma ferramenta de tradução automática, clique aqui. Por sinal, a tradução do texto acima fica bem ruinzinha.
Trata-se de um hoax. Um que merece ser mencionado, após os devidos esclarecimentos. O texto, ficcional, é de autoria de Luis Britto García, escritor e historiador venezuelano.
LA VERDADERA DEUDA EXTERNA
Aquí pues yo, Guaicaipuro Cuatémoc, he venido a encontrar a los que celebran el encuentro. Aquí pues yo, descendiente de los que poblaron la América hace cuarenta mil años, he venido a encontrar a los que se encontraron hace quinientos años. Aquí pues nos encontramos todos. Sabemos lo que somos, y es bastante. Nunca tendremos otra cosa.
El hermano aduanero europeo me pide papel escrito con visa para poder descubrir a los que me descubrieron. El hermano usurero europeo me pide pago de una deuda contraída por Judas, a quien nunca autoricé a venderme. El hermano leguleyo europeo me explica que toda deuda se paga con intereses, aunque sea vendiendo seres humanos y países enteros, sin pedirles consentimiento. Yo los voy descubriendo.
También yo puedo reclamar pagos, también puedo reclamar intereses. Consta en el Archivo de Indias. Papel sobre papel, recibo sobre recibo, firma sobre firma, que solamente entre el año 1503 y 1660 llegaron a Sanlúcar de Barrameda 185 mil Kg de oro y 16 millones Kg de plata provenientes de América.
¿Saqueo? ¡No lo creyera yo! Porque sería pensar que los hermanos cristianos faltaron al Séptimo Mandamiento. ¿Expoliación? ¡Guárdeme Tanatzin de figurarme que los europeos, como Caín, matan y niegan la sangre del hermano! ¿Genocidio? ¡Eso sería dar crédito a calumniadores como Bartolomé de las Casas, que califican al encuentro de 'destrucción de las Indias', o a ultrosos como Arturo Uslar Pietri, que afirma que el arranque del capitalismo y la actual civilización europea se deben a la inundación de metales preciosos.
¡No! Esos 185 mil Kg de oro y 16 millones Kg de plata deben ser considerados como el primero de muchos préstamos amigables de América destinados al desarrollo de Europa.
Lo contrario sería presumir la existencia de crímenes de guerra, lo que daría derecho no sólo a exigir su devolución inmediata, sino la indemnización por daños y perjuicios. Yo, Guaicaipuro Cuatémoc, prefiero creer en la menos ofensiva de las hipótesis. Tan fabulosas exportaciones de capital no fueron más que el inicio de un plan Marshall-tezuma, para garantizar la reconstrucción de la bárbara Europa, arruinada por sus deplorables guerras contra los cultos musulmanes, creadores del álgebra, la poligamia, el baño cotidiano y otros logros superiores de la civilización. Por eso, al celebrar el Quinto Centenario del Empréstito, podremos preguntarnos: ¿Han hecho los hermanos europeos un uso racional, responsable o, por lo menos, productivo de los recursos tan generosamente adelantados por el Fondo Indoamericano Internacional?
Deploramos decir que no.
En lo estratégico, lo dilapidaron en las 'batallas de Lepanto', en 'armadas invencibles', en 'terceros reichs' y otras formas de exterminio mutuo, sin otro destino que terminar ocupados por las tropas gringas de la OTAN, como Panamá pero sin canal.
En lo financiero, han sido incapaces, después de una moratoria de 500 años, tanto de cancelar el capital y sus intereses cuanto de independizarse de las rentas líquidas, las materias primas y la energía barata que les exporta el Tercer Mundo. Este deplorable cuadro corrobora la afirmación de Milton Friedman, conforme a la cual una economía subsidiada jamás puede funcionar. Y nos obliga a reclamarles, por su propio bien, el pago del capital y los intereses que, tan generosamente, hemos demorado todos estos siglos.
Al decir esto aclaramos que no nos rebajaremos a cobrarles a los hermanos europeos las viles y sanguinarias tasas flotantes de 20%, y hasta 30%, que los hermanos europeos le cobran a los pueblos del Tercer Mundo. Nos limitaremos a exigir la devolución de los metales preciosos adelantados, más el módico interés fijo de 10% anual, acumulado sólo durante los últimos 300 años. Sobre esta base, y aplicando la fórmula europea del interés compuesto, informamos a los descubridores que nos deben, como primer pago de su deuda, una masa de 180 mil Kg de oro y 16 millones Kg de plata, ambas elevadas a la potencia de 300. Es decir, un número para cuya expresión total, serían necesarias más de 300 cifras, y que supera ampliamente el peso total de la Tierra. ¡Muy pesadas son esas moles de oro y plata! ¿Cuánto pesarían, calculadas en sangre?
Aducir que Europa, en medio milenio, no ha podido generar riquezas suficientes para cancelar ese módico interés, sería tanto como admitir su absoluto fracaso financiero y/o la demencial irracionalidad de los supuestos del capitalismo.
Tales cuestiones metafísicas, desde luego, no nos inquietan a los indoamericanos. Pero sí exigimos en forma inmediata la firma de una 'carta de intención' que discipline a los pueblos deudores del Viejo Continente; y que los obligue a cumplir su compromiso mediante una pronta privatización o reconversión de Europa, que les permita entregárnosla entera, como primer pago de la deuda histórica.
Dicen los pesimistas del Viejo Mundo que su civilización está en una bancarrota tal que les impide cumplir con sus compromisos financieros o morales. En tal caso, nos contentaríamos con que nos pagaran entregándonos la bala con la que mataron al Poeta. Pero no podrán. Porque esa bala es el corazón de Europa.
Fonte: http://www.pepe-rodriguez.com/Ecologia_Consumo/Deuda_externa_indigena.htm
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Mhel Marrer
"Humorista, escritora e barraqueira"
Pra visitar o blog da moça, clique aqui.
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Agradecimentos a Gerson.
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
Pata de Elefante
Banda de Porto Alegre. Clipe de música instrumental de uma simplicidade criativa sem igual.
Carnaval de Salvador
Carnaval de Salvador
comércio, camarotes e vaidades
Dei uma de jornalista
em Salvador da Bahia
e fui consultar o povo
pra comentar a folia
que se chama Carnaval
uma festa cultural
que declina a cada dia.
Busquei a neutralidade
sem fazer intervenção
apenas eu transformava
com muita dedicação
tudo em versos de cordel
e anotava no papel
conforme vocês verão.
— O carnaval tá careca
muitos a ganhar dinheiro
engordando sua poupança
e o pobre do folião
precisa de um dinheirão
pra poder entrar na “dança”.
— O carnaval era público
porém tornou-se privado.
Toda a espontaneidade
acabou-se com o mercado
de gente gananciosa
prepotente e vaidosa
um esquema bem fechado.
— Hoje o clima é de apartheid
feito o Muro de Berlim.
De um lado o povo simples
e do outro camarim
criação de uma elite
que passou a dar palpite
e fazer coisa ruim.
— Agora ninguém me engana:
já não podemos pensar
neste carnaval baiano
como festa popular
já que a praça, que é do povo
tem agora um “Kartel novo”
pra excluir, pra faturar!
— Já existe fazendeira
empresário, explorador
donos de rede de hotel
gente vil, bajulador
matando essa bela festa
que o mundo inteiro atesta
carnaval de Salvador.
— No Recife prazenteiro
não tem corda ou escravidão.
Ninguém paga pra brincar
lá quem manda é o folião
mas aqui em Salvador
não há ética nem pudor:
tudo é privatização.
— Os artistas e empresários
que comandam o carnaval
eu não vou citar os nomes
dessa prole tão banal
figuras tão conhecidas
porém não comprometidas
com o lado social.
— Em perfeito e alto astral
fico com Moraes Moreira
artista conceituado
que enxergou a baboseira:
a ganância, a hipocrisia
dessa gente da Bahia
prepotente e ‘aberteira’.
— Vai morrendo a tradição
da nossa rica cultura
pouco a pouco os blocos-afros
caem na “rua da amargura”
porque a força do mal
que comando o carnaval
já domina a Prefeitura.
— O empresário fatura
sem visar o social.
Já criou-se um apartheid
nesse belo carnaval
que em vez de ser do povo
já pertence a esse novo
megaesquema industrial.
— Na perda da tradição
lá se vão o afoxé,
o sambinha, o ijexá,
a magia, o candomblé
que perderam seu espaço
para o tal do “pagodaço”
e a elite do axé.
— Logo eu estarei em Marte
longe de tanta artimanha.
veja agora que o Rei Mono
não precisa ter mais banha!
O processo é político
de prefeito paralítico
que só pensa em barganha.
— Cada um compra seu “lote”
no circuito Barra-Ondina
monopolizando espaço
que logo terá piscina!
Camarotes suntuosos
dos artistas vaidosos
cuja luz não me fascina.
— Aumentando a hipocrisia
pessoas submetidas
aos blocos de interesseiros
que fazem do pobre escravo
e lhe dão alguns centavos
para serem seus obreiros.
— Quem ousar cortar o mal
da máfia pela raiz
logo será destruído
vai ser mais um infeliz
pois o “plano” é muito forte:
eles sabem dar o corte
porque são pessoas vis.
— Muitas cenas de mau gosto
são vistas à luz do dia
em cima dos camarotes
onde rola a mordomia
das grandes “celebridades”
as famosas “majestades”
do carnaval da Bahia.
— Mas também há folião
que não tem discernimento
e acaba endeusando
certo bando de ‘jumento’
que faz música sem critério
só leva o dinheiro a sério
visando enriquecimento
— Cadê a preservação
da cultura africana
que muito contribuiu
pra essa festa baiana?
Perdemos nossa beleza
e o critério, com certeza
por causa da ratazana.
— Na voz dos ‘grandes artistas’
desse nosso carnavá
essa estória de dizer
“ onde tem povo, tô lá”
isso é mentira pura
eles vão pela usura
de ganhar muito bambá !
— As ruas e avenidas
estão sendo dominadas
por blocos e trios elétricos
das estrelas ”endeusadas”.
E os afoxés da gente
raiz afrodescendente
desfilam nas madrugadas.
— Não me venham com lambança
ainda sou pipoqueiro
folião independente
Tenho cérebro, não sou besta
(segunda nunca foi sexta!)
tampouco sou pagodeiro.
— E da forma que prossegue
essa louca trajetória
no futuro não se assuste
de um carnaval sem glória
que ficará registrado
e muito pouco lembrado
nas páginas da nossa história.
— Os empresários têm manha
pra matar a tradição...
Antes era o carnaval
festa da população
hoje é tudo demarcado
pelo tal Poder Privado.
Que se lasque o folião!
— Gosto mesmo é de Gerônimo
Tapajós, Ilê, Missinho
Luiz Caldas, Olodum,
dez mil vezes Armandinho
botando pra rebentar
trilhando Dodô e Osmar
com Aroldo, André e Betinho.
— Sou Muzenza, Sarajane,
a Mudança do Garcia,
Filhos de Gandy, Ara Ketu,
Walter Queiroz: poesia !
Apaches e muito mais
carnaval de glória e paz...
Quem jamais esqueceria?! ?
— Só queria um por cento
da riqueza de Guanaes
de Sangalo, de Chiclete,
etecéteras e tais...
Êta indústria de dinheiro
deste carnaval fagueiro
alienante demais !
— 60 anos de Trio
nós precisamos louvar
porque os nossos heróis
chamados Dodô e Osmar
tão chorando lá no céu
diante do escarcéu
que acabaram de instalar.
esses versos de cordel
desejando que essa festa
tenha mais sabor de Mel
e a praça do povão
volte a ter animação
sem a onda do “Kartel” !
FIM
Salvador, Carnaval de 2010
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