terça-feira, 29 de julho de 2008
Em cadeia nacional.
"O horário político é o único momento em que os ladrões ficam em cadeia nacional."
terça-feira, 22 de julho de 2008
segunda-feira, 21 de julho de 2008
Julieta é a rotina do queijo.
A idéia é a rotina do papel
O céu é a rotina do edifício
O inicio é a rotina do final
A escolha é a rotina do gosto
A rotina do espelho é o oposto
A rotina do perfume é a lembrança
O pé é a rotina da dança
A rotina da garganta é o rock
A rotina da mão é o toque
Julieta é a rotina do queijo
A rotina da boca é o desejo
O vento é a rotina do assobio
A rotina da pele é o arrepio
A rotina do caminho é a direção
A rotina do destino é a certeza
Toda rotina tem a sua beleza.
"
domingo, 20 de julho de 2008
Lei seca no transito.
Tem cabimento ingerir uma droga que altera os reflexos e sair por aí pilotando uma máquina?
GOSTO DE BEBER, e confesso sem o menor sentimento de culpa. Álcool, de vez em quando, em quantidade pequena, dá prazer sem fazer mal à maioria das pessoas. Aos sábados e domingos, quando estou de folga, tomo uma cachaça antes do almoço, hábito adquirido com os carcereiros da antiga Casa de Detenção. Difícil é escolher a marca, o Brasil produz variedade incrível. Tomo uma, ocasionalmente duas, jamais a terceira. Essa é a vantagem em relação às bebidas adocicadas que você bebe feito refresco, sem se dar conta das conseqüências. Cachaça impõe respeito, o usuário sabe com quem está lidando: exagerou, é vexame na certa.
Cerveja, tomo de vez em quando. O primeiro gole é um bálsamo para o espírito; no calor, depois de um dia de trabalho e horas no trânsito, transporta o cidadão do inferno para o paraíso. O gole seguinte já não é igual, infelizmente. A segunda latinha decepciona, deixa até um resíduo amargo; a terceira encharca. Uísque e vodca, só tenho em casa para oferecer às visitas.
De vinho eu gosto, mas tomo pouco, porque pesa no estômago. Além disso, meu paladar primitivo não permite reconhecer notas de baunilha ou sabores trufados; não tenho idéia do que seja uma trava sutil de tanino, nem o aroma de cassis pisado, nem o frescor de framboesas do campo. Em meu embotamento olfato-gustativo, faço coro com os que admitem apenas três comentários diante de um copo de vinho: é bom, é ruim, e bebe e não enche o saco.
Feita essa premissa, quero deixar claro ser a favor da chamada lei seca no trânsito.Sejamos sensatos, leitor, tem cabimento ingerir uma droga que altera os reflexos motores, o equilíbrio e a percepção espacial de objetos em movimento e sair por aí pilotando uma máquina na qual uma pequena desatenção pode trazer conseqüências fúnebres?
Ainda que você não seja ridículo a ponto de afirmar que dirige melhor quando bebe, talvez possa dizer que meia garrafa de vinho, três chopes ou uísques não interferem na sua habilidade ao volante.
Tudo bem: vamos admitir que, no seu caso, seja verdade, que você tenha maior resistência aos efeitos neurológicos e comportamentais do álcool e que seria aprovado em qualquer teste de resposta motora. Imagino, entretanto, que você tenha idéia da diversidade existente entre os seres humanos.
Quantas mulheres e quantos homens cada um de nós conhece para os quais uma dose basta para transtorná-los? Quantos, depois de duas cervejas, choram, abraçam os companheiros de mesa e fazem declarações de amizade inquebrantável? Está certo permitir que esses, fisiologicamente mais sensíveis à ação do álcool, saiam por aí colocando em perigo a vida alheia?
Como seria a lei, então? Deveria avaliar as aptidões metabólicas e os reflexos de cada um para selecionar quem estaria apto a dirigir alcoolizado? O Detran colocaria um adesivo em cada carro estabelecendo os limites de consumo de álcool para aquele motorista? Ou viria carimbado na carteira de habilitação?
Talvez você possa estar de acordo com a argumentação dos advogados que defendem os interesses dos proprietários de bares e casas noturnas: "A nova lei atenta contra a liberdade individual".
Aí, começo a desconfiar de sua perspicácia. Restrições à liberdade de beber num país que vende a dose de pinga a R$ 0,50? Há escassez de botequins nas cidades brasileiras, por acaso? Existe sociedade mais complacente com o abuso de álcool do que a nossa? Mas pode ser que você tenha preocupações sociais com a queda de movimento nos bares e com o desemprego no setor.
A julgar por essa lógica, vou mais longe. Como as estatísticas dos hospitais públicos têm demonstrado nos últimos fins de semana, poderá haver desemprego também entre motoristas de ambulâncias, médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, agentes funerários, operários que fabricam cadeiras de rodas, sondas urinárias e outros dispositivos para deficientes físicos.
No ano passado, em nosso país, perderam a vida em acidentes de trânsito 17 mil pessoas. Ainda que apenas uma dessas mortes fosse evitada pela proibição de beber e dirigir, haveria justificativa plena para a criação da lei agora posta em prática.
Não é função do Estado proteger o cidadão contra o mal que ele faz a si mesmo. Quer beber até cair na sarjeta? Pode. Quer se jogar pela janela? Quem vai impedir? Mas é dever inalienável do Estado protegê-lo contra o mal que terceiros possam causar a ele.
quinta-feira, 17 de julho de 2008
Também tem a ver com o Brasil

Estou com preguiça de traduzir isso e/ou aquilo e/ou aquilooutro.
Voce conhece o Google Tradutor? http://translate.google.com.br/#
terça-feira, 15 de julho de 2008
domingo, 13 de julho de 2008
13 de Julho - Dia Mundial do Rock'n'Roll !!!

Outros festivais com essa mesma consciência social ocorreram na década de 80 como o U.S.A. For Africa, Live Aid, Farm Aid, Hear 'n' Aid, Artists Against Apartheid e o Amnesty International, reunindo sempre grandes nomes do mundo pop e rock. O Live Aid talvez tenha ficado mais famoso, e não é pra menos, arrecadou mais de 60 milhões de dólares que foram doados em prol dos famintos na África. Curiosamente, não foi feito nenhum vídeo, CD, DVD sobre o festival até hoje, muito possivelmente pela grande quantidade de artistas envolvidos no projeto...
sábado, 12 de julho de 2008
Misti si nasce.
Por aquelas paragens o Brasil é tido como um bom exemplo de acolhimento do outro e aceitação das diferenças.
Patrizia participou com a instalação audiovisual "Misti si nasce. Tutti i colori del Brasile Contemporaneo".
No inicio do mês passado vi, no MAM, a exposição "A Alma da Bahia", da mesma Patrizia. Postei aqui a respeito. Naquela oportunidade não fiz fotos, provavelmente pela soma de dois motivos: achei que que nao tinha o direito de fotografar aquelas imagens, e pensei que não valeria a pena fotografar com a camerazinha do meu celular.
Sou de opinião que deve-se aproveitar toda e qualquer oportunidade de ver aquelas maravilhosas imagens. Assim, informo que numa nota a respeito da "Misti si nasce" estão publicadas 11 fotos que fizeram parte da exposição que esteve no MAM. Creio que você saberá identificar quais são elas. Faça o teste ali.
sexta-feira, 11 de julho de 2008
Grávido

"
(Fonte: http://www.bobnews.com.br/noticias/transexual-nos-eua-anuncia-que-esta-gravido-de-uma-menina-17967.html )





terça-feira, 8 de julho de 2008
sábado, 5 de julho de 2008
quarta-feira, 2 de julho de 2008
I love you too, but...
"- I love you too, but... I don't like you all the time". Sabedoria e sinceridade em sua mais pura forma.
Se eu fizesse uma afirmação destas, teria de suportar muita encheção de saco.
Oswaldo Montenegro e Mongol disseram:
mais só do que eu merecia
Olhei pro meu espelho e "- Rá!"
gritei o que eu mais queria
Na fresta da minha janela
raiou, vazou a luz do dia
Entrou sem me pedir licença
querendo me servir de guia
E eu que já sabia tudo
das rotas da astrologia
Dancei e a cabeça tonta
o meu reinado não previa
Olhei pro meu espelho e "- Rá!"
meu grito não me convencia
Princesa eu sei que sou pra sempre
mas "sempre" não é "todo dia"
Botei o meu nariz a postos
pro faro e pro que vicia
Senti teu cheiro na semente
que a manhã me oferecia
Eu hoje acordei tão só
mais só do que eu merecia
Eu acho que será pra sempre
mas "sempre" não é "todo dia".
Se você não enxerga, não compreende, ou não aceita, lamento.
terça-feira, 1 de julho de 2008
Quase perfeita.
domingo, 29 de junho de 2008
Motorista seco.

...
O Código de Trânsito Brasileiro sofreu alterações nos artigos 10, 165, 276, 277, 291, 296, 302e 306, abaixo comentados.
...
O caput do artigo 165 suprimiu as palavras "física ou psíquica", após "dependência", ampliando a sua significação. A infração permanecesse gravíssima, mas a penalidade que era de multa (cinco vezes) e suspensão do direito de dirigir, limita a suspensão para 12 meses:Art. 165. Dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência: (Redação dada pela Lei nº 11.705, de 2008)
Infração - gravíssima; (Redação dada pela Lei nº 11.705, de 2008)
Penalidade - multa (cinco vezes) e suspensão do direito de dirigir por 12 (doze) meses; (Redação dada pela Lei nº 11.705, de 2008)
Medida Administrativa - retenção do veículo até a apresentação de condutor habilitado e recolhimento do documento de habilitação. (Redação dada pela Lei nº 11.705, de 2008)
Parágrafo único. A embriaguez também poderá ser apurada na forma do art. 277.
Na redação original, a condução de veículo automotor por condutor com concentração abaixo de seis decigramas de álcool por litro de sangue era permitida. No entanto, agora vige a tolerância zero, ou seja, não poderá constar qualquer traço de bebida alcoólica no sangue, pois, caso contrário,estará sujeito às penalidades constantes no artigo 165 do CTB.
Ademais, no parágrafo único anterior constava que "o CONTRAN estipulará os índices equivalentes para os demais testes de alcoolemia", mas, para se adequar à redação do caput, passa a determinar o órgão responsável por delimitar margens de tolerância em casos excepcionais:
Art. 276. Qualquer concentração de álcool por litro de sangue sujeita o condutor às penalidades previstas no art. 165 deste Código. (Redação dada pela Lei nº 11.705, de 2008)
Parágrafo único. Órgão do Poder Executivo federal disciplinará as margens de tolerância para casos específicos. (Redação dada pela Lei nº 11.705, de 2008)
O artigo 277 teve a redação do § 2° alterado e o § 3° acrescido.
Na redação proposta pela Lei nº 11.275/2006, "no caso de de recusa do condutor à realização dos testes, exames e da perícia previstos no caput deste artigo, a infração poderá ser caracterizada mediante a obtenção de outras provas em direito admitidas pelo agente de trânsito acerca dos notórios sinais de embriaguez, excitação ou torpor, resultantes do consumo de álcool ou entorpecentes, apresentados pelo condutor".
Com a alteração, é permitido ao agente de trânsito obter a comprovação da ingestão de bebida alcoólica por qualquer prova em direito admitida, "acerca dos notórios sinais de embriaguez, excitação ou torpor apresentados pelo condutor".
Por fim, o § 3° prevê a aplicação de penalidade àquele que se recusar a se submeter a qualquer procedimento previsto para detecção, tais como "testes de alcoolemia, exames clínicos, perícia ou outro exame que, por meios técnicos ou científicos, em aparelhos homologados pelo CONTRAN, permitam certificar seu estado".
Art. 277. Todo condutor de veículo automotor, envolvido em acidente de trânsito ou que for alvo de fiscalização de trânsito, sob suspeita de dirigir sob a influência de álcool será submetido a testes de alcoolemia, exames clínicos, perícia ou outro exame que, por meios técnicos ou científicos, em aparelhos homologados pelo CONTRAN, permitam certificar seu estado. (Redação dada pela Lei nº 11.275, de 2006)
§ 1° Medida correspondente aplica-se no caso de suspeita de uso de substância entorpecente, tóxica ou de efeitos análogos.(Renumerado do parágrafo único pela Lei nº 11.275, de 2006)
§ 2° A infração prevista no art. 165 deste Código poderá ser caracterizada pelo agente de trânsito mediante a obtenção de outras provas em direito admitidas, acerca dos notórios sinais de embriaguez, excitação ou torpor apresentados pelo condutor. (Redação dada pela Lei nº 11.705, de 2008)
§ 3° Serão aplicadas as penalidades e medidas administrativas estabelecidas no art. 165 deste Código ao condutor que se recusar a se submeter a qualquer dos procedimentos previstos no caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.705, de 2008)
A Lei nº 11.705/2008 renumerou e alterou a redação do parágrafo único do artigo 291, prevendo hipóteses que excepcionam o crime de trânsito de lesão culposa. No parágrafo seguinte, inserido pela referida lei, as hipóteses supramencionadas vinculam a instauração de inquérito policial para a investigação da infração penal:
Art. 291. Aos crimes cometidos na direção de veículos automotores, previstos neste Código, aplicam-se as normas gerais do Código Penal e do Código de Processo Penal, se este Capítulo não dispuser de modo diverso, bem como a Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, no que couber.
Parágrafo único. Aplicam-se aos crimes de trânsito de lesão corporal culposa, de embriaguez ao volante, e de participação em competição não autorizada o disposto nos arts. 74, 76 e 88 da Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995.
§ 1° Aplica-se aos crimes de trânsito de lesão corporal culposa o disposto nos arts. 74, 76 e 88 da Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995, exceto se o agente estiver: (Renumerado do parágrafo único pela Lei nº 11.705, de 2008)
I - sob a influência de álcool ou qualquer outra substância psicoativa que determine dependência; (Incluído pela Lei nº 11.705, de 2008)
II - participando, em via pública, de corrida, disputa ou competição automobilística, de exibição ou demonstração de perícia em manobra de veículo automotor, não autorizada pela autoridade competente; (Incluído pela Lei nº 11.705, de 2008)
III - transitando em velocidade superior à máxima permitida para a via em 50 km/h (cinqüenta quilômetros por hora). (Incluído pela Lei nº 11.705, de 2008)
§ 2° Nas hipóteses previstas no § 1o deste artigo, deverá ser instaurado inquérito policial para a investigação da infração penal. (Incluído pela Lei nº 11.705, de 2008)
A mudança ocorrida no texto do artigo 296 foi muito sutil, pois alteraram a expressão "poderá aplicar" pelo termo "aplicará". Como conseqüência disso, a aplicação da penalidade de suspensão da permissão ou habilitação para dirigir veículo automotor passa a ser uma obrigação do juiz e não mais uma faculdade:
Art. 296. Se o réu for reincidente na prática de crime previsto neste Código, o juiz aplicará a penalidade de suspensão da permissão ou habilitação para dirigir veículo automotor, sem prejuízo das demais sanções penais cabíveis. (Redação dada pela Lei nº 11.705, de 2008)
A nova redação do artigo 306 estipulou sanção mais grave que a prevista no artigo 165 do mesmo diploma legal:
Art. 306. Conduzir veículo automotor, na via pública, estando com concentração de álcool por litro de sangue igual ou superior a 6 (seis) decigramas, ou sob a influência de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência: (Redação dada pela Lei nº 11.705, de 2008)
Penas - detenção, de seis meses a três anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.
Parágrafo único. O Poder Executivo federal estipulará a equivalência entre distintos testes de alcoolemia, para efeito de caracterização do crime tipificado neste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.705, de 2008)
Finalmente, revoga o inciso V do parágrafo único do artigo 302 do CTB e insere o artigo 4°-A na Lei nº 9.294/1996, que dispõe sobre as restrições ao uso e à propaganda de produtos fumígeros, bebidas alcoólicas, medicamentos, terapias e defensivos agrícolas, respectivamente:
Art. 302. Praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor:
Penas - detenção, de dois a quatro anos, e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.
Parágrafo único. No homicídio culposo cometido na direção de veículo automotor, a pena é aumentada de um terço à metade, se o agente:
I - não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação;
II - praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada;
III - deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à vítima do acidente;
IV - no exercício de sua profissão ou atividade, estiver conduzindo veículo de transporte de passageiros.
V - estiver sob a influência de álcool ou substância tóxica ou entorpecente de efeitos análogos. (Incluído pela Lei nº 11.275, de 2006) (Revogado pela Lei nº 11.705, de 2008)
...
"
(Fonte: JusBrasil Notícias)
sábado, 28 de junho de 2008
Caríssimos parlamentares!
Aqui "caríssimos" não tem o sentido de "queridíssimos"! E obviamente eles não valem quanto pesam...
O estudo considera o custo com despesas dos parlamentares. O pior é quanto esta corja representa em prejuízos ao país e à nação com sua corrupção.
sexta-feira, 27 de junho de 2008
Um telespectador português.
O telespectador tinha uma dúvida, que a apresentadora não esclareceu. Em vez disso, ela preferiu tentar "ouvir opiniões um pouco mais construtivas".
quinta-feira, 26 de junho de 2008
Totalmente "inofensível".

quarta-feira, 18 de junho de 2008
Resoluções de semestre novo.
O primeiro semestre passou voando, não foi um bom semestre pra mim.
Tenho algumas resoluções de semestre novo. Em relação à minha vida social, resolvi:
- falar e encontrar com pessoas de quem gosto, e com as quais tenho tido pouco contato.
- frequentar locais diferentes dos (dois!) que frequento atualmente.
- estar disponível para encontrar pessoas em horários decentes.
Há outras resoluções, mas não vou me comprometer publicamente agora.
terça-feira, 17 de junho de 2008
Sonho de consumo dos homens.
ROMA (Reuters) - Um italiano foi detido sob suspeita de ter seqüestrado a ex-namorada, tê-la levado para a casa dele, e tê-la forçado a passar suas roupas e lavar pratos, informou a polícia na segunda-feira passada.
O homem de 43 anos arrastou a mulher de um bar na cidade portuária de Gênova, enfiou-a num carro, e levou-a para a casa dele, onde, depois de ameaçá-la, fez com que ela passasse roupas e lavasse pratos, informou a polícia.
A polícia chegou à casa do homem após ter sido avisada por um(a) amigo(a) da mulher que presenciou a cena no bar.
O homem, que aparentemente estava furioso com a a ex-namorada por tê-lo deixado, foi preso sob acusação de seqüestro, informou a polícia.
(Deepa Babington)
segunda-feira, 16 de junho de 2008
Futebol de areia.
Eu é que não sou um fã de esportes. O problema é comigo, eu sei. Mais um desvio de caráter...
Gosto de assistir competições de elevado nivel técnico. Pode ser futebol, atletismo, ginástica, patinação, tênis, basquete, vôlei, saltos ornamentais, o que for. Em se tratando de futebol, respeitosamente declino se sou convidado a assistir Bahia versus Catuense, mas sou capaz de parar pra ver uma partida entre o Manchester United e o Real Madrid. E consigo me empolgar com a Copa do Mundo.
A Copa é uma competição emocionante. Ali está em jogo o tal do "orgulho nacional". Babaquice, claro, mas nao controlo minhas babaquices, e ainda me arrepio quando toca o hino nacional. Mas só de 4 em 4 anos. Em 2006 a seleção brasileira nao colaborou, mas em 2002 e 98, por exemplo, vivi as competições com grande entusiasmo. Suspeito que o entusiasmo tenha tido muito a ver com a envolvente e pouco com o futebol propriamente dito, mas conta.
O fato é que após anos de desinteresse por futebol, recentemente tornei-me um apreciador do futebol de areia. Note que não foi a seleção brasileira - grande campeã da modalidade - que despertou o meu interesse. Também não teve a ver com as belas e bem frequentadas praias brasileiras. Chamou a minha atenção uma partida ocorrida em Viena, onde a equipe da Áustria venceu a equipe alemã por 10 a 5. Veja as fotos.





"Supostamente eu deveria agarrar as bolas, mas eu realmente nao faço ideia de como fazer isto", disse a goleira alemã Jana Bach. Consta que nao faltaram voluntarios pra treinar a moça.
Diante da derrota, as alemãs revelaram espírito esportivo, e juntaram-se às suas adversárias num beach club às margens do Danúbio, pra beber uns drinques e dançar. Apesar do caráter amistoso do evento, nao ocorreu a tradicional troca de camisas. Coisas de um esporte realmente arrepiante...

sábado, 14 de junho de 2008
quinta-feira, 12 de junho de 2008
Sexo no confessionário.
O casal, na casa dos 30 anos, foi detido pela polícia no início deste mês depois de ter feito sexo no confessionário de uma catedral em Cesena. Eles foram advertidos por "atos obscenos em público" e "perturbação de atividade religiosa".
O advogado do casal disse que eles estiveram bebendo durante toda a noite, e que haviam se dado conta que foram longe demais.
O advogado declarou ao jornal local que o casal encontrou-se com o bispo na passada terça-feira à noite, pediu perdão, e foi perdoado.
Na semana passada o bispo celebrou uma "missa de reparação" na catedral onde ocorreu o incidente, com o objetivo de compensar o sacrilégio.
quarta-feira, 11 de junho de 2008
Flávio Gikovate - Entrevista.
VEJA - Ficar sozinho é melhor, então?
Gikovate - Há muitos solteiros felizes. Levam uma vida serena e sem conflitos. Quando sentem uma sensação de desamparo, aquele "vazio no estômago" por estarem sozinhos, resolvem a questão sem ajuda. Mantêm-se ocupados, cultivam bons amigos, lêem um bom livro, vão ao cinema. Com um pouco de paciência e treino, driblam a solidão e se dedicam às tarefas que mais gostam. Os solteiros que não estão bem são geralmente os que ainda sonham com um amor romântico. Ainda possuem a idéia de que uma pessoa precisa de outra para se completar. Pensam, como Vinicius de Moraes, que "é impossível ser feliz sozinho". Isso caducou. Daí, vivem tristes e deprimidos.
VEJA - Por que os casamentos acabam não dando certo?
Gikovate - Quase todos os casamentos hoje são assim: um é mais extrovertido, estourado, de gênio forte. É vaidoso e precisa sempre de elogios. O outro é mais discreto, mais manso, mais tolerante. Faz tudo para agradar o primeiro. Todo mundo conhece pelo menos meia-dúzia de casais assim, entre um egoísta e um generoso. O primeiro reclama muito e, assim, recebe muito mais do que dá. O segundo tem baixa auto-estima e está sempre disposto a servir o outro. Muitos homens egoístas fazem questão que a mulher generosa esteja do lado dele enquanto ele assiste na televisão os seus programas preferidos. Mulheres egoístas não aceitam que seus esposos joguem futebol. Consideram isso uma traição. De um jeito ou de outro, o generoso sempre precisa fazer concessões para agradar o egoísta, ou não brigar com ele. Em nome do amor, deixam sua individualidade em segundo plano. E a felicidade vai junto. O casamento, então, começa a desmoronar. Para os meus pacientes, eu sempre digo: se você tiver de escolher entre amor e individualidade, opte pelo segundo.
VEJA - Viver sozinho não seria uma postura muito individualista?
Gikovate - Não há nada de errado em ser individualista. Muitos dos autores contemporâneos têm uma postura crítica em relação a isso. Confundem individualismo com egoísmo ou descaso pelos outros. São conceitos diferentes. Outros dizem que o individualismo é liberal e até mesmo de direita. Eu não penso assim. O individualismo corresponde a um crescimento emocional. Quando a pessoa se reconhece como uma unidade, e não como uma metade desamparada, consegue estabelecer relações afetivas de boa qualidade. Por tabela, também poderá construir uma sociedade mais justa. Conhecem melhor a si próprio e, por isso, sabem das necessidades e desejos dos outros. O individualismo acabará por gerar frutos muito interessantes e positivos no futuro. Criará condições para um avanço moral significativo.
VEJA - Por que os casamentos normalmente ocorrem entre egoístas e generosos?
Gikovate - A idéia geral na nossa sociedade é a de que os opostos se atraem. E isso acontece por vários motivos. Na juventude, não gostamos muito do nosso modo de ser e admiramos quem é diferente de nós. Assim, egoístas e generosos acabam se envolvendo. O egoísta, por ser exibicionista, também atrai o generoso, que vê no outro qualidades que ele não possui. Por fim, nossos pais e avós são geralmente uniões desse tipo, e nós acabamos repetindo o erro deles.
VEJA - Para quem tem filhos não é melhor estar em um casamento? E, para os filhos, não é melhor ter pais casados?
Gikovate - Para quem pretende construir projetos em comum – e ter filhos é o mais relevantes deles – o melhor é jogar em dupla. Crianças dão muito trabalho e preocupação. É muito mais fácil, então, quando essa tarefa é compartilhada. Do ponto de vista da criança, o mais provável é que elas se sintam mais amparadas quando crescem segundo os padrões culturais que dominam no seu meio-ambiente. Se elas são criadas pelo padrasto, vivem com os filhos de outros casamentos da mãe, mas estudam em uma escola de valores fortemente conservadores e religiosos, poderão sentir algum mal-estar. Do ponto de vista emocional, não creio que se possa fazer um julgamento definitivo sobre as vantagens da família tradicional sobre as constituídas por casais gays ou por um pai ou mãe solteiros. Estamos em um processo de transição no qual ainda não estão constituídos novos valores morais. É sempre bom esperar um pouco para não fazer avaliações precipitadas.
VEJA - Que conselhos você daria para um jovem que acaba de começar na vida amorosa?
Gikovate - É preciso que o jovem entenda que o amor romântico, apesar de aparecer o tempo todo nos filmes, romances e novelas, está com os dias contados. Esse amor, que nasceu no século XIX com a revolução industrial, tem um caráter muito possessivo. Segundo esse ideal, duas pessoas que se amam devem estar juntas em todos os seus momentos livres, o que é uma afronta à individualidade. O mundo mudou muito desde então. É só olhar como vivem as viúvas. Estão todas felizes da vida. Contudo, como muitos jovens ainda sonham com esse amor romântico, casam-se, separam-se e casam-se de novo, várias vezes, até aprender essa lição. Se é que aprendem. Se um jovem já tem a noção de não precisa se casar par ser feliz, ele pulará todas essas etapas que provocam sofrimento.
VEJA - As mulheres são mais ansiosas em casar do que os homens? Por quê?
Gikovate - As mulheres têm obsessão por casamento. É uma visão totalmente antiquada, que os homens não possuem. Uma vez, quando eu ainda escrevia para a revista Cláudia, o pessoal da redação fez uma pesquisa sobre os desejos das pessoas. O maior sonho de 100% das moças de 18 a 20 anos de idade era se casar e ter filho. Entre os homens, quase nenhum respondeu isso. Queriam ser bons profissionais, fazer grandes viagens. Essa diferença abismal acontece por razões derivadas da tradição cultural. No passado, o casamento era do máximo interesse das mulheres porque só assim poderiam ter uma vida sexual socialmente aceitável. Poderiam ter filhos e um homem que as protegeria e pagaria as contas. Os homens, por sua vez, entendiam apenas que algum dia eles seriam obrigados a fazer isso. Nos dias que correm, as razões que levavam mulheres a ter necessidade de casar não se sustentam. Nas universidades, o número de moças é superior ao de rapazes. Em poucas décadas, elas ganharão mais que eles. Resta acompanhar o que irá acontecer com as mulheres, agora livres sexualmente, nem sempre tão interessadas em ter filhos e independentes economicamente.
VEJA - Como será o amor do futuro?
Gikovate - Os relacionamentos que não respeitam a individualidade estão condenados a desaparecer. Isso de certa forma já ocorre naturalmente. No Brasil, o número de divórcios já é maior que o de casamentos no ano. Atualmente, muitos homens e mulheres já consideram que ficarão sozinhos para sempre ou já aceitam a idéia de aguardar até o momento em que encontrarão alguém parecido tanto no caráter quanto nos interesses pessoais. Se isso ocorrer, terão prazer em estar juntos em um número grande de situações. Nesse novo cenário, em que há afinidade e respeito pelas diferenças, a individualidade é preservada. Eu estou no meu segundo casamento. Minha mulher gosta de ópera. Quando ela quer ir, vai sozinha. E não há qualquer problema nisso.
VEJA - Quando duas pessoas decidem morar juntas, a individualidade não sofre um abalo?
Gikovate - Não necessariamente elas precisarão morar juntas. Em um dos meus programas de rádio, um casal me perguntou se estavam sendo ousados demais em se casar e continuarem morando separados. Isso está ficando cada dia mais comum. Há outros tantos casais que moram juntos, mas em quartos separados. Se o objetivo é preservar a individualidade, não há razão para vergonha. O interessante é a qualidade do vínculo que existirá entre duas pessoas. No primeiro mundo, esse comportamento já é normal. Muitos casais moram até em cidades diferentes.
VEJA - É possível ser fiel morando em casas ou cidades diferentes?
Gikovate - A fidelidade ocorre espontaneamente quando se estabelece um vínculo de qualidade. Em um clima assim, o elemento erótico perde um pouco seu impacto. Por incrível que pareça, essas relações são monogâmicas. É algo difícil de explicar, mas que acontece.
VEJA - Com o fim do amor romântico, como fica o sexo?
Gikovate - Um dos grandes problemas ligados à questão sentimental é justamente o de que o desejo sexual nem sempre acompanha a intimidade efetiva, aquela baseada em afinidade e companheirismo. É incrível como de vez em quando amor e sexo combinam, mas isso não ocorre com facilidade. Por outro lado, o sexo com um parceiro desconhecido, ou quase isso, é quase sempre muito pouco interessante. Quando acaba, as pessoas sentem um grande vazio. Não é algo que eu recomendaria. Hoje, as normas de comportamento são ditadas pela indústria pornográfica e se parece com um exercício físico. O sexo então tem mais compromisso com agressividade do que com amor e amizade. Jovens que têm amigos muito chegados e queridos dizem que transar com eles não tem nada a ver. Acham mais fácil transar com inimigos do que com o melhor amigo. Penso que, com o amadurecimento emocional, as pessoas tenderão a se abster desse tipo de prática.
VEJA - As desilusões com o primeiro casamento têm ajudado as pessoas a tomar as decisões corretas?
Gikovate - No início da epidemia de divórcios brasileira, na década de 70, as pessoas se separavam e atribuíam o desastre da união a problemas genéricos. Alguns diziam que o amor acabou. Outros, o parceiro era muito chato. Não se davam conta de que as questões eram mais complexas. Então, acabavam se unindo à outras pessoas muito parecidas com as que tinham acabado de descartar. Hoje, os indivíduos estão mais críticos. Aceitam ficar mais tempo sozinhos e fazem autocríticas mais consistentes. Por causa disso, conseguem evoluir emocionalmente e percebem que terão que mudar radicalmente os critérios de escolha do parceiro. Se antes queriam alguém diferente, hoje a tendência é buscarem uma pessoa com afinidades.
VEJA - O senhor já escreveu colunas para jornais, revistas, atuou na televisão e agora tem um programa na rádio. O senhor se considera um marqueteiro?
Gikovate - Sempre gostei de trabalhar com os meios de comunicação. Psicologia não é assunto para especialistas, mas de todo mundo. Faço essas coisas também porque é uma forma de entrar em contato com um público diferente do que eu encontro normalmente. Na rádio, respondo perguntas de gente tacanha, que jamais teriam condição de pagar uma consulta. Estão em um outro patamar financeiro. Mas o que dizem, é ouro puro. As colunas e programas de rádio que eu faço não me trazem clientes. Às vezes, só atrapalham. Em 1982, aceitei trabalhar com o Corinthians. Era a democracia corinthiana. Foi um balde de água fria na clínica. Imagine só, o Corinthians! Não foi o tipo de notícia que meus pacientes gostaram de ouvir. Eu fiquei lá dois anos. Meu pai ficava chocado com essas coisas, porque naquele tempo médico de bom nível não fazia essas coisas. Não estava nem aí. Quando eu me interesso por alguma coisa, eu vou. No mais, se eu fosse um simples marqueteiro, não teria durado 41 anos.
VEJA - Apesar de todo esse tempo de clínica, o senhor atuou sozinho, longe das universidades. Por quê?
Gikovate - O mundo acadêmico está cheio de papagaios, que repetem fórmulas prontas. Citam sempre outros pensadores, mas nunca vão a lugar algum. Não têm coragem para disso. Esse universo, do qual eu acabei me afastando, é extremamente conservador. Não são eles que produzem as novas idéias. Muitos fingem que eu não existo. Diziam à pequena que eu era um cara muito pragmático, que levava em conta muito os resultados, o que é verdade. Os que mais gostam do que eu faço não são da minha área. São os filósofos, como o Renato Janine Ribeiro e a Olgária Matos. De minha parte, eu sempre fugi dos rótulos. Não me inscrevi membro da Sociedade de Psicanálise. Não sou membro de qualquer sociedade dogmática. Não sou sócio de nenhum clube. Sou uma pessoa de mente aberta. Nunca quis discípulos. Os meus discípulos, se um dia existirem, pensarão por conta própria. Se tiverem um monte de opiniões diferentes das minhas, seria ótimo.