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sábado, 31 de maio de 2008

Guardanapo.

Noite chuvosa, espelhos de asfalto refletem as brilhantes laranjas penduradas. O povinho feito de açuçar fica em casa, aterrorizado pela perspectiva de morrer dissolvido. Tudo é calmo e estranho. O bar está vazio, escolho o balcão, talvez pelo toque da madeira, provavelmente pela possibilidade de amistosa companhia. De repente você surge na minha cabeça. Você á fruta da época. Sinto o seu cheiro de siriguela, vindo de um lugar que nao deve ser real. Um copo meio-vazio me observa, entediado.

***


De vez em quando vou dar uma geral nos meus papéis, encontro um guardanapo dobrado, vou jogar fora, paro pra ver o que é, é um "escrito". Sem anotações que permitam saber a data, local, ou circunstâncias. Seriam uteis. A minha memoria me sacaneia, geralmente eu nao lembro quase nada a respeito daquilo.

Superada a perplexidade, passo ao ataque: reescrevo, corto, sintetizo, modifico, preencho, expando. É um processo confuso, dialético, inconclusivo. E o escrito está sempre inconcluso...

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