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quarta-feira, 4 de junho de 2008

Perna, pra que te quero?


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O Diretor da Lemos de Brito, Luciano Patrício, Foi Exonerado do Cargo Provavelmente Por Manter Serviço VIP Pro Hóspede Que é o Substituto de Pitty na Traficagem Baiana e Não Repassar os Lucros Para Alguém...

A operação "Eu Quero É Prova e Um Real de Big Bang", que aconteceu nesta segunda-feira (02), em cumprimento a 26 mandados de prisão e 35 de busca e apreensão na Penitenciária Lemos Brito, Presídio de Lauro de Freitas e nos bairros da Liberdade, São Caetano, São Cristóvão e Vale das Pedrinhas, resultou na prisão de catorze cidadãos em débito com a sociedade.

O diretor da Penitenciária Lemos Brito, Luciano Patrício, foi expatriado, ou melhor, exonerado do cargo na noite desta segunda. De acordo com Marília Muricy 'Ramalho', da Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Patrício pediu 'PPU' (demissão) no último domingo (01), um dia antes do início da operação "Big Bang". Muricy faz questão de ressaltar que o ex-diretor não tem vínculo algum com o desmantelamento do esquema.

Na penitenciária Lemos Brito, o traficante Genilson Lima da Silva , o "Perna" (substituto de Pitty no hit-parade da massa) tinha em sua cela, drogas, dinheiro e a chave da porta. Pra ir bater perna e voltar. Ele também chefiava, lá de dentro, o tráfico de drogas, assaltos e homicídios em Salvador. Tava em casa. Mandando mais que 'Tia Dete'.

Detalhes Tão Pequenos: Só pra cê ter uma idéa: na suíte de Perna, os tiras encontraram R$ 280 mil em espécie, 8 kg de cocaína, duas pistolas, geladeiras duplex, tv de plasma, DVD, laptop, equipamento de ginastica e uma lista com nomes de pessoas que deveriam ser mandadas pra debaixo da terra, incluindo juízes, advogados e jornalistas. Ainda bem que eu não sou nada disso.
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(http://www.oaranha.com.br/naTeiaDoAranha.aspx?id=1459)

2 comentários:

  1. Alan Rodrigues

    Para o delegado Luciano Patrício, exonerado ontem do cargo de diretor da Penitenciária Lemos Brito (PLB), as atividades do traficante Genilson Lino da Silva, o “Perna”, não são novidade. Patrício revelou ter informações de que, de dentro do presídio, o traficante negociava 400 kg de cocaína por mês, o equivalente a 40% do volume de tráfico no estado. De lá, “Perna” também ordenava assaltos e assassinatos. Patrício aponta a corrupção de agentes penitenciários e policiais militares como o principal fator facilitador para a entrada de armas, drogas e dinheiro nas celas. Em um ano à frente da Lemos Brito, o ex-diretor garante nunca ter encontrado armas ou grandes quantidades de dinheiro. Anteontem, a Operação Big Bang, deflagrada pelas polícias Civil e Militar, em conjunto com o Ministério Público, encontrou R$280 mil, seis celulares, drogas e duas pistolas na cela do homem apontado como principal traficante do estado. Patrício confirma que já planejava deixar o cargo. Mas ele considera que sua exoneração, um dia após a Operação Big Bang, foi um ato político: “Estou me sentindo um boi de piranha”. Ontem, o ex-diretor foi impedido de receber a imprensa no presídio. “Estou exonerado, cachorro morto qualquer um chuta”, desabafou ele, que atendeu os repórteres a bordo de seu próprio carro, quando se dirigia a uma consulta médica.

    ***

    Correio da Bahia - O sr. sabia da existência de drogas, dinheiro e armas na cela do traficante “Perna”?

    Luciano Patrício - Para mim, foi surpresa tanto o dinheiro como a arma. A influência dele no tráfico de drogas na Bahia, não. Isto a gente já tinha conhecimento e estava abastecendo de informações os serviços de inteligência da Polícia Civil, do Ministério Público e da Secretaria de Segurança Pública. Foi justamente esse abastecimento que propiciou a realização de uma operação muito bem-feita e muito bem-sucedida.

    CB - As celas eram vistoriadas?

    LP - A gente faz “baculejo” pelo menos uma vez por mês, com a presença do Batalhão de Choque, e sempre apreende drogas, celulares... Nós apreendemos quase 200 celulares no decurso de um ano, mais de duas mil pedras de crack, mais de 10kg de maconha. Agora, revólver e dinheiro nunca encontramos. Em uma das vistorias apreendemos, 1,6kg de drogas na cela de “Perna” e encaminhamos para a DTE (Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes), que instaurou inquérito para apurar.

    CB - Como o sr. acha que tudo isso entrou no presídio?

    LP - Só entrou com corrupção de agentes penitenciários, da PM que fazia a patrulha da área externa, ou através de funcionários da cozinha.

    CB - Como explicar que “Perna” tivesse geladeiras duplex e TVs de plasma dentro da cela?

    LP - Todo mundo que fala do sistema penitenciário de um modo geral não conhece o sistema. E você falar do que não conhece é ótimo. O que as pessoas precisam entender é que um preso custa de R$1,2 mil a R$1,5 mil para o estado, e o estado precisa investir na ressocialização do preso. Porque toda vez que um interno volta ao crime e, vamos supor, baleia uma pessoa, mexe com toda a estrutura das polícias, do MP, do poder Judiciário. Também mexe com a parte de saúde e se, por acaso, a vítima morrer, mexe com o sistema previdenciário, porque vai ter que pagar aposentadoria. Então, é muito caro para o estado o preso que não é ressocializado. Entende a Lei de Execução Penal que tem que se criar mecanismos para que a pessoa possa retornar ao convívio social. Por isso é que não proíbe a entrada de TV e geladeira. Tanto é que, há mais de 20 anos, em sete ocasiões por ano, a família entra na cela sexta-feira e só sai domingo, inclusive crianças. Aqui na Lemos Brito.

    CB - É verdade que “Perna” tinha a chave da própria cela?

    LP – “Perna” tem oito anos na mesma cela. A cela de “Perna”, a secretária (da Justiça e Direitos Humanos, Marília Muricy) visitou e viu o que tinha dentro, que não é proibido pela Lei de Execuções Penais. Tudo que entrou tem nota fiscal. Na cela dele, nunca achamos celular, achamos drogas que foram encaminhadas para a DTE. A chave da cela de “Perna” ficava com o pessoal nosso. Agora, ele colocou uma tranca interna para evitar que alguém arrombasse e matasse ele lá dentro. Eu não tinha conhecimento dessa tranca, soube agora.

    CB – Para instalar a tranca, ele precisa de um serralheiro.

    LP - Eu tenho oito oficinas funcionando na penitenciária, com serralheria, marcenaria, fábrica de bolas.

    CB – De onde vinha o poder de “Perna”?

    LP - Ele exercia uma liderança em função da gratidão. Como ele gerenciava o tráfico, ele tinha muito dinheiro. Com este dinheiro, ele tinha como fazer favores, enterro de parentes de presos...

    CB – Se havia conhecimento da influência dele no presídio, por que ele não foi transferido?

    LP - A transferência dele foi pleiteada por mim desde quando cheguei. Eu achava que ele deveria ir para uma penitenciária de segurança máxima, não sei exatamente qual, mas poderia ser até fora do estado.

    CB – A quem foi feito o pedido?

    LP - Este pedido foi feito ao MP (Ministério Público), na pessoa do Dr. Edmundo Reis, mas necessitava de provas de que ele estava envolvido com o tráfico para justificar a medida. Isto a gente ajudou a construir, na medida que entregamos aparelhos e chips de celulares apreendidos para a inteligência rastrear as ligações. Não se pode transferir um preso só porque se ouviu dizer que ele é traficante. Ele era um preso de excelente comportamento, não criava problema. A única restrição foi ter participado de um homicídio, que, segundo um interno, foi a mando dele, no segundo semestre de 2007.

    CB – Por que o sr. pediu demissão?

    LP - Pedi demissão, semana passada, não em função de “Perna”, mas em função dessa conjuntura toda, dessa corrupção, de agentes que deveriam estar do lado do estado estarem contra o estado. O desgaste é muito grande. Já estava ansioso para retornar às atividades de delegado, pedi minha exoneração, a secretária (Marília Muricy, da Justiça) pediu tempo para fazer uma substituição que não fosse traumática. Aconteceu a operação que nós não sabíamos e minha exoneração saiu hoje (ontem).

    CB – Como o sr. recebeu a exoneração?

    LP - Como policial, não acredito em coincidência. Achei que foi uma forma do governo dar uma resposta à sociedade, sacrificando uma pessoa que só fez ajudar o governo. Estou me sentindo um boi de piranha.

    CB – O que o sr. pensa da secretária Marília Muricy?

    LP - Sempre tive a maior admiração pela secretária, foi minha professora de faculdade, ela que me convidou para essa missão espinhosa.

    ***

    REPERCUSSÃO

    “Eu jamais visitei a cela do presidiário Genilson Lima da Silva, inclusive porque não é minha função percorrer as celas das 22 unidades prisionais que administro em todo o estado. Este papel deve ser desempenhado pela equipe responsável. Eu insisto na falha de vigilância do diretor da Penitenciária Lemos Brito, este, sim, obrigado, por sua função, a conhecer e fiscalizar todos os ambientes do estabelecimento que dirige. Ele não havia feito o pedido de exoneração por escrito, apenas verbalmente. E não foi usado de ‘boi de piranha’, pois seria exonerado de qualquer forma. Não permaneceria no cargo depois da operação”.

    “A possibilidade de agentes estarem envolvidos não seria surpresa para nós. Ele (o ex-diretor da PLB, Luciano Patrício) não está dizendo nada leviano. Mas é preciso mitigar isso. Afinal esses agentes trabalham numa penitenciária de 55 anos, com estrutura aberta e condições insatisfatórias. Vivem vulneráveis: são entre 20 e 25 agentes para mais de mil presos. Não que isso justifique, mas explica. Existem agentes que fazem de conta que trabalham num presídio, porque não contam com condições de trabalho dignas. A maioria, 90%, tem contrato de Reda. Ele (o agente) sabe que se der o flagrante de maconha, por exemplo, depois de dois anos, no término do contrato, não estará mais na Justiça, mas terá que depor, e pode ser marcado por qualquer detento. Afinal, é ele quem leva o criminoso para a delegacia depois do flagrante. A quantidade de visitas é enorme, não tem como poucos homens garantirem a segurança. Tem que haver ações efetivas ou a estrutura estará fadada ao insucesso”.

    “Tivemos muitas conversas, inclusive recentemente sobre isso, com Luciano Patrício, a mando do procurador geral (Lidivaldo Britto) e a convite do coronel Francisco Leite (superintendente de Ações Penais da Secretaria da Justiça). Ele (Luciano Patrício) frisava a necessidade dessa transferência continuamente. Mas não foi feito esse pedido a mim, nunca fiquei incumbido de fazer isso. Fui apenas um interlocutor, e esse já era um propósito do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e de Investigações Criminais). E não é nada simples de se fazer. Ele conseguiu informações para as investigações: chips retirados das celas, além de mais informações obtidas durante batidas e vistorias. A figura de ‘Perna’ já era conhecida, sempre como um criminoso perigoso. Mas em 2007, com a morte de Pitty, ele começou uma luta pela tomada dos pontos de droga”.

    Edmundo Reis – promotor de justiça e coordenador do Núcleo de Inteligência Criminal (NIC) do Ministério Público do Estado da Bahia (MPE/BA)

    “Já ouvimos ‘Perna’ duas vezes, ontem (anteontem) e hoje (ontem). Ele disse que as armas foram postas em sua cela por presos rivais, para incriminá-lo. E cogitou a participação de agentes penitenciários, mas não citou policiais militares. Disse ainda que o dinheiro obtido era fruto de agiotagem”.

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  2. Pra mim é motivo de orgulho quando uma notícia a respeito da minha terra tem repercussão internacional:


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    TV, guns, fridges - prisoner had it all

    RIO DE JANEIRO (Reuters) - With a plasma TV, a DVD player, $172,000 in cash, gym equipment, two refrigerators and a couple of guns, Genilson Lino da Silva had everything he needed for a luxurious life -- in his Brazilian prison cell.
    (...)
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